Como evitar os alimentos venenosos
O fato é que a diferença entre um veneno e algo não venenoso é, simplesmente, a dose. Por mais que você coma alguns alimentos venenosos diariamente, eles podem não ser em doses significantes para causar um envenenamento. Mesmo assim, é bom ficar de olho para não exagerar na hora de comer. A dica é sempre consumir com moderação e estar ciente do que você consome. Se você é adepto a culinárias diferentes e gosta de experimentar tudo que vê pela frente, tente conhecer os ingredientes antes de ingerir, saiba quais quantidades são aceitáveis e a origem do produto. Para ajudar, confira a seguir a lista de alimentos venenosos que você deve consumir com cautela.
Batata
Quase todo mundo ama batata (frita, assada, cozida, amassada, gratinada, recheada, etc.). Porém, o que quase ninguém sabe é que ela possui uma grande quantidade de glicoalcaloides, que são tóxicos, em suas folhas. Mesmo que ninguém coma as folhas da batata, essas substâncias podem chegar ao vegetal. A boa notícia é que é fácil descobrir quando ela está cheia de glicoalcaloides ou não. Sabe quando você vai comprar a batata e vê algumas verdes no meio? Elas não estão verdes por não terem “amadurecido”, mas sim por causa dos glicoalcaloides. É só ficar esperto na hora de comprar e pode continuar consumindo esse tubérculo maravilhoso tranquilamente.
Tomate
Assim como a batata, essa fruta (sim, o tomate é uma fruta) muito comum nas saladas brasileiras possui muitos glicoalcaloides no caule e nas folhas. Embora não seja usual ingerir essas partes na alimentação, elas costumam ser usadas como temperos.
Castanhas do Pará
Quem é fã de Dr. House já aprendeu essa lição no episódio 4×06. Nesse episódio épico, o médico mais ranzinza da televisão está ajudando a poderosa CIA com um caso sigiloso e é justamente esse sigilo que impede que House descubra o problema do indivíduo em poucos minutos.
Atenção: este parágrafo contém spoiler, pule para o próximo se não assistiu a esse episódio. Quando a luz se acende na cabeça de House e ele entende o que está acontecendo, descobre que o paciente estava no Brasil (e não na Bolívia) e estava sofrendo de envenenamento por ter comido muitas castanhas do Pará. O episódio tem até cena com direito ao Hugh Laurie tentando pronunciar em português.
A questão é que as castanhas do Pará contém selênio e, em elevadas doses, causa reações adversas (selenose). O selênio é um mineral essencial para o corpo humano, então, você não precisa abolir as castanhas do Pará da dieta. O consumo ocasional ou pequeno não causa nenhum mal, o problema é o consumo exagerado frequente.
Castanhas de caju
Se você está surtando achando que a regra da castanha do Pará serve para a castanha de caju, pode ficar tranquilo e continuar comendo esta maravilha sem culpa. O problema da castanha de caju é quando ela está crua ou mal cozida. Nesse caso, ela contém urushiol, substância que pode ser letal. Se estiver torrada, pode consumir normalmente.
Mandioca
Muito comum no Brasil, a mandioca pode ser tóxica. Na verdade, há quem diga que aipim e macaxeira são sinônimos de mandioca e há quem afirme que a mandioca é venenosa, enquanto os outros dois não são. Assim como biscoito ou bolacha, o nome fica a seu critério. Há um tipo de mandioca, conhecida como mandioca brava, que só pode ser consumida após ser processada. Quando mal processada, as folhas e a raiz da mandioca brava contém cianeto de hidrogênio, uma substância tóxica que vai ser falada muitas vezes nesta lista. Essa substância pode levar a morte em poucas horas, dependendo da quantidade ingerida.
Maçã
A maçã é uma fruta muito popular. Porém, ela pode esconder um veneno: há cianeto de hidrogênio em suas sementes. Mas calma, algumas poucas sementes não vão te matar, pode ficar tranquilo e continuar comendo essa fruta. Você precisaria de um grande número de maçãs para passar mal de verdade.
Amêndoas
As amêndoas amargas, apesar de não serem tão comuns assim, não podem ser consumidas em excesso. Elas contém uma substância já conhecida de quem é fã das histórias policiais de Agatha Christie: o cianeto (chamado no passado de cianureto). O que pode te tranquilizar é o fato de que as amêndoas amargas são processadas para remoção do veneno antes de sua liberação para o consumo (então, não compre em locais não confiáveis). Vale ressaltar que, mesmo assim, alguns países proibiram a venda dessas amêndoas.
Noz moscada
A noz-moscada é uma especiaria muito comum e possui vários benefícios para a saúde. No entanto, é preciso ficar atento a quantidades. Com 2 gramas você já começa a se sentir meio aéreo, como se tivesse consumido anfetaminas; a ingestão de 10 gramas já pode te levar a ter alucinações e uma noz-moscada inteira pode levar a morte.
Cogumelos
Apesar de eles representarem uma vida extra (o verdinho) ou outras vantagens em Super Mario, os cogumelos na vida real podem ter um grande efeito adverso. Claro que alguns podem ser consumidos sem problemas, mas há os que são alucinógenos e tóxicos. Para diferenciar é preciso ter cuidado e, se você não sabe de onde ele veio, é bom evitar. É um hábito comum sair em busca de cogumelos em alguns países. Porém, como a identificação é difícil, se você for um leigo ou um aprendiz inexperiente, o ideal é continuar comprando no supermercado.
Cereja
A “cereja do bolo” deste texto é, justamente, a cereja. As sementes de cereja contém nosso já conhecido cianeto de hidrogênio, então, cuidado quando consumir a frutinha. A parte boa da história é que as cerejas que consumimos em grande parte dos bolos não é cereja de verdade, são bolinhas de chuchu na groselha (frustrante, mas mais seguro). Agora, é só ficar esperto na hora de comer e lembrar de não sair por aí ingerindo tudo que colocam na sua frente, tomando cuidado com alimentos venenosos. Vale perguntar antes e dar aquela pesquisada rápida para ter certeza de que é seguro, já que os efeitos colaterais dessa lista vão além de uma simples dor de barriga. Fontes: Matador; Superinteressante.