A expansão do PayPal
O PayPal é uma das alternativas mais buscadas pelos consumidores quando se fala em pagamentos práticos. O sistema tem como base a oferta de serviços financeiros que auxiliem ao máximo o processo de compra dos interessados. Nos últimos três meses, a empresa registrou mais de 400 milhões de clientes no mundo e, pela primeira vez, cresceu 40% no volume de pagamentos em relação a 2020, totalizando 300 bilhões de dólares. A empresa afirma que está expandindo sua atuação no Brasil para compreender cada vez mais sites de compra. A pesquisa do PayPal aponta que 52% do e-commerce nacional lucra até R$ 250 mil por ano. Além disso, 789 novas lojas online foram lançadas por dia no País. Isso é consequência do impacto da pandemia, que obrigou o fechamento de muitos pontos de vendas. Parcela destes foram para o ambiente online. O comércio brasileiro hoje possui quase 1,6 milhão de redes de consumo ativas, o que aumenta o interesse da companhia em investir e estar mais presente no setor. Outros dados da empresa no último ano foram detalhados, como o total de 5,5 milhões de brasileiros com a carteira digital do PayPal e o crescimento da utilização de aplicativos de “every day spending” (“gastos do dia a dia”, em tradução), que seriam os comércios alimentícios, farmácia, supermercado, entre outros. Em especial, os aplicativos de delivery de alimentos cresceram 24% e o PayPal se encontra presente como alternativa de pagamento no setor. A empresa diz que vai adequar o perfil do e-commerce às necessidades pós-pandemia, trazendo carteiras digitais ainda mais completas e precisas.
O perfil do e-commerce no Brasil
Segundo a pesquisa do e-commerce nacional, 17 milhões de sites estão ativos hoje no País, representando uma alta de 1,5 milhão em relação ao ano passado. Em relação ao e-commerce propriamente dito, o Brasil ultrapassou 1,5 milhão de opções disponíveis para o consumidor. No total, eles representam 9,4% total das redes nacionais e 6% do varejo. Tais dados representam a alta procura do brasileiro no comércio online, visando diversos serviços. Os dados da BigDataCorp também mostram que o e-commerce está crescendo mais rápido do que a própria economia do país. Enquanto o PIB segue em -3,8%, o comércio digital fecha em 22%. E, dentro deste setor, os aplicativos e marketplaces também conseguiram crescer, representando 611,800 mil e 372,489 mil, respectivamente. Em relação à dimensão desses sites, a maioria contabilizada pela pesquisa é pequeno. No caso, pequeno se aplica àqueles com menos de 10 mil visitas por mês. Um site médio se encontra com 10 mil a 500 mil visitas por mês e um grande configura mais de 500 mil visitas por mês. Em 2021, os pequenos cresceram 83%, maioria sobre os outros. Grande parte dos novos comércios são nichados, conforme informado na pesquisa. Em meio à alta inflação, no entanto, os preços subiram e o custo está mais caro, com alta de 12%. Houve também uma maior descentralização das matrizes de empresas. Embora ainda predominantemente em São Paulo, outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná cresceram em razoável proporção. Da mesma forma que o número de sites cresceram, a tendência de usar plataformas prontas para hospedá-los virou padrão. Divididas em plataformas fechadas (exemplo: Shopify) e abertas (exemplo: WordPress), a competição aumentou e as empresas buscaram mecanismos mais simples para instalar seus conteúdos em vez de produzir um site do zero. As plataformas fechadas bateram os 68%, enquanto as abertas fecharam em 18%. Ambas superaram a média das companhias sem plataforma, que marcou 12%. Outro detalhe é que 83% delas usam tecnologia de responsividade. Um contraponto interessante é a oscilação no número do uso dessa e outras tecnologias, como o Analytics. No total, a oferta de pagamentos com carteiras virtuais aumentou um pouco mais de 60%. Estar presente nas redes sociais se provou bem importante quando o assunto é alcance de público. Em 2021, isso foi provado nos dados da pesquisa, que mostram a adesão de quase 70% dos sites às mídias sociais, o Facebook sendo o líder (53%). Em sequência aparecem: YouTube (45%), Twitter (31%) e Instagram (27%). Thoran destacou que, embora esteja muito em alta hoje, o TikTok está muito abaixo em relação às demais redes neste quesito (1,26%). Como resultados finais, o PayPal acredita haver muitas novidades para vir no cenário digital do e-commerce. As pequenas empresas, de até 250 mil de faturamento, cresceram 52%, bem como o número de empregados sem vínculos (55%). A expectativa é de que o comércio se situe cada vez mais no ambiente online crie seus próprios mecanismos para uso do consumidor. O marketplace, em especial, foi destacado como uma das heranças da pandemia que devem prevalecer pelo menos até o próximo ano.
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Fonte: PayPal/BigDataCorp