Segundo os dados do estudo, o fechamento do comércio e as medidas de isolamento social, devido à pandemia de COVID-19, acabaram impulsionando o crescimento do comércio eletrônico no país. Somente as compras pelo celular atingiram um faturamento de 45,9 bilhões de reais, representando mais da metade do valor movimentado no comércio eletrônico. O número de pedidos da categoria Casa e Decoração teve um salto de 71%, representando 12% do faturamento. Os pedidos do segmento Alimentos e Bebidas também aumentaram 59%, representando 4% da receita total. Já os pedidos de Farmácia subiram 19%, mas representaram apenas 1% do faturamento. Marcelo Osanai, head de e-commerce de E-bit/Nielsen, revelou ao Estadão que navegar na internet pelo smartphone é muito mais acessível para a maioria dos consumidores, o que acaba justificando o aumento no número de compras pelo celular. Para a Nielsen, as vendas pela internet devem continuar em alta, podendo obter um aumento de 26% em 2021. Apesar de mostrar um crescimento menor, em relação a 2020, a projeção da Nielsen para este ano ainda é bastante significativa, já que em 2019 o setor teve um crescimento de 16% e em 2018 de 12%. Segundo o relatório, a região nordeste no Brasil teve um desempenho importante no crescimento das vendas no e-commerce, saltando de 18,5% para 31,7%, em comparação a 2019. Enquanto os estados do sudeste representaram 52% do faturamento do varejo online em 2020. Por outro lado, 15% dos entrevistados afirmaram que não gostaram da experiência de comprar online, sendo que a maior taxa de insatisfação foi o prazo de entrega, deixando 28% dos consumidores desapontados.
Compras pelo celular mostra tendência de aumento no uso de dispositivos móveis
O crescimento do número de compras pelo celular evidencia uma tendência nacional de aumento no uso de dispositivos móveis no dia a dia. Um estudo realizado no ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que, mensalmente, os brasileiros verificam 23 vezes suas contas bancárias, usando dispositivos móveis. Enquanto usuários mais ativos podem acessar suas contas até 40 vezes em um único mês. A quantidade de contas abertas via smartphones também aumentaram 66% em 2019, chegando a 6,5 milhões. Além disso, 63% de todas as transações bancárias realizadas no país foram feitas pela internet. Confira também como algumas tendências do comércio eletrônico chinês podem afetar o futuro do varejo ao redor do mundo. Fonte: ZDNet; Revista PENG; Folha; E-bit/Nielsen