Conforme nos aproximamos da beira de uma possível revolução de Realidade Aumentada, temos um vislumbre do que nos aguarda quando o assunto é carreira e trabalho. Confira os 10 empregos no metaverso que devem surgir até 2030!
O que saber antes de procurar um emprego no mundo virtual?
Antes de conhecer as possíveis novas carreiras, vale recapitular como chegamos aqui. O primeiro sinal de que algo grande estava se formando veio em outubro de 2021, quando o Facebook anunciou que contrataria 10 mil pessoas para construir o metaverso. Um mês depois, a gigante da tecnologia mudou de nome para Meta, desencadeando uma onda de interesse por todas as coisas do metaverso. Desde então, todos os tipos de empresas entraram na onda e lançaram planos para desenvolver seus próprios mundos virtuais, já que o metaverso foi estimado em uma oportunidade de US$ 8 trilhões. Com tanto interesse em torno do metaverso, as vagas em plataformas tradicionais de busca de emprego como LinkedIn, Indeed ou Glassdoor serão comuns em breve. Grandes empresas de tecnologia, incluindo Meta, Microsoft, Tencent e Google, aumentaram os esforços para recrutar mais profissionais para projetos do metaverso.
Os empregos no metaverso
Esta nova economia vai gerar novas posições de trabalho, todas voltadas à criação e manutenção de mundos virtuais. Os empregos no metaverso estão muito voltados para a área de tecnologia, gestão de projetos, publicidade e criação de conteúdo, mas também é esperado que surjam mais posições voltadas a outras áreas, como estudo do comportamento. Veja agora os 10 empregos que deverão surgir no metaverso nos próximos anos:
Arquitetos do Metaverso
As principais universidades e grandes empresas de tecnologia já investem em programas e projetos dedicados ao desenvolvimento de cientistas de pesquisa de AR e VR. Porém, o Metaverso vai exigir uma quantidade maior desse tipo de profissional, além de conhecimentos profundos e específicos para o novo setor. Muito além do desenvolvimento de modelos digitais básicos do mundo real dentro dos quais as corporações serão capazes de trazer clientes e parceiros, tais profissionais precisarão construir um mundo inteiro visível e acionável digitalmente, dimensionar protótipos usando tecnologia na confluência de algoritmos de visão computacional para fotografia computacional 3D, reconstrução de cena, imagem computacional, odometria inercial visual, estimativa de estado, fusão de sensores e muito mais. Tudo isso faz parte da arquitetura que será a base sobre a qual todos os outros casos de uso serão construídos: jogos, anúncios, saúde conectada e outros. Para se tornar um arquiteto do metaverso, é provável que você precise de um doutorado em aprendizado profundo, visão computacional, computação gráfica ou imagem computacional.
Especialista em Segurança Cibernética do Metaverso
Avatares hackeados, roubo de NFT, vazamentos de dados biométricos… o metaverso é o alvo perfeito para ataques cibernéticos e fraudes. É por isso que precisaremos de especialistas para bloquear esse tipo de ação em tempo real e garantir que as leis e protocolos sejam reconsiderados e alterados até incluírem todos os riscos do mundo digital. Ter experiência em segurança cibernética regular ou uma pós-graduação em direito com inclinações tecnológicas parece ser o caminho para ser um especialista em segurança cibernética do metaverso.
Planejamento do Metaverso
Planejar as ações certas, além da capacidade de selecionar e implementar todas as questões de funcionalidades em um mundo totalmente virtual será absolutamente fundamental para muitas empresas. É aí que entra o gestor ou talvez Planejamento do Metaverso. O planejador ou gestor deverá direcionar o trabalho para a construção de um portfólio estratégico, a partir da identificação de oportunidades no mercado, desenvolvimento de cases de negócios, cooperação em roteiros de engenharia, determinação de métricas-chaves e muito mais. Caberia a esse profissional decidir, por exemplo, se uma montadora deve se concentrar na criação de testes de direção virtuais ou no desenvolvimento de um sistema que prevê avarias. Para esse cargo, é interessante ter experiência em gerenciamento, conhecimento de marketing e modelos de negócios.
Desenvolvedor de Ecossistemas
O mundo é complexo e digitaliza-lo em meio a sensores, CPUs, GPUs, computação de ponta, leis e regulamentos pode ser uma transição difícil. Para o metaverso funcionar efetivamente, todo um ecossistema fora dele precisa aderir e estar disponível no mundo digital.
É com o objetivo de atrair governos e parceiros que o desenvolvedor de ecossistemas atuaria, garantindo que as funcionalidades criadas sejam acessadas em larga escala. Como? Ao buscar maiores investimentos em infraestrutura e convencer grandes líderes de que estão fazendo um bom negócio.
A usabilidade de itens de uma plataforma em outros espaços do metaverso é um de seus desafios. Por exemplo, se um usuário compra uma skin no Fortnite e quer usá-la no Decentraland, isso deveria ser possível. Sem contar o conhecimento em contabilidade e negócios para fechar contratos inteligentes para bens e serviços a serem trocados nas plataformas.
Anos de experiência governamental e lobbying devem ser alguns dos requisitos para se candidatar ao cargo de desenvolvedor de ecossistemas.
Construtor de Mundos
A estrutura do metaverso, antes de codificada, precisa ser imaginada. Um designer de videogames parece dar conta do recado, mas nesse mundo digital totalmente imersivo, é preciso seguir algumas regras diferentes do que estão acostumados. Os construtores de mundos precisarão refletir eticamente até que ponto certas atitudes serão permitidas nestes espaços. Já que o objetivo é criar ambientes fantásticos com a sensação de real, é válido levantar questões como: em jogos, tudo bem matar pessoas no metaverso? É por isso que para ser um construtor, será preciso ser um designer gráfico especializado em ciências políticas e humanas.
Gerente de Segurança do Metaverso
Quando o assunto é segurança no metaverso, a margem é grande, pois devemos considerar se estamos seguros tanto digitalmente, quanto fisicamente. Logo, são vários pontos: privacidade, verificação de ID no mundo, capacete seguro, sensores adequados e muito mais. Cabe ao gerente de segurança fornecer orientação e supervisão para tudo isso durante os diversos estágios de projeto. Isso com o intuito de validar a plataforma ou os produtos de acesso para que a experiência prossiga atendendo os requisitos de segurança regulatórios. Em resumo, eles ficarão responsáveis por prever como as funcionalidades do metaverso podem ser mal utilizadas a fim de reverter possíveis erros. Assim, o profissional pode criar insights sobre quais componentes e sistemas podem ser aplicados para um metaverso mais seguro. É provável que um gerente de segurança do metaverso precise ter graduação em engenharia e experiência em consumo e fabricação de eletrônicos.
Construtor de Hardware
Junto ao código, outros elementos operam para elaboração do metaverso, como sensores, fones de ouvidos e câmeras. Ou seja, materiais físicos — hardware. Além de caro, o hardware capaz de criar um mundo digital que vive em harmonia com o mundo físico é bastante complexo. Assim, um dos desafios do construtor de hardware do metaverso é encontrar meios que deixem a tecnologia um pouco mais barata para que essa tendência não seja consumida apenas pela elite, claro, sem perder pontos no quesito segurança. Engenheiros e mecânicos com especialidades em eletrônicos devem suprir a demanda de construtores de hardware.
Especialista em anúncios para o metaverso
A venda de anúncios é um dos maiores (se não o maior) negócios das mídias sociais e vários outros tipos de plataforma. No metaverso, as coisas não devem ser diferentes, ainda mais com o antigo Facebook encabeçando o maior investimento no mundo digital.
Imagina só esses anúncios te seguindo conforme você explora o metaverso numa experiência imersiva e um tanto inconveniente? É por isso que precisaremos de pessoas especializadas anúncios agradáveis à essa nova maneira de vivenciar a internet.
Logo, para ser um especialista anúncios, será preciso conhecimento em comunicação, marketing e publicidade.
Narrador do Metaverso
Como em diversas outras mídias como filmes, séries e jogos, o poder da narração é imenso! Esse recurso é capaz de criar grandes histórias para que o público ou consumidor crie laços ou aprenda lições com a mensagem. Com o narrador do metaverso, muitas outras possibilidades são existentes! A imersividade do mundo digital também pode ser construída por meio dos sons e vozes. Desta maneira, um narrador pode contribuir para vários tipos de objetivos de uma grande infinidade de segmentos. Por exemplo, uma empresa especializada em segurança pode contratar um narrador para usar sua voz em treinamentos. Sem contar os arcos narrativos que podem estar presentes em mini jogos ou até mesmo como forma de introdução à plataformas diferentes. Para ser um narrador do metaverso, assim como os narradores que já conhecemos, é provável que o currículo seja ideal com especializações em marketing, jornalismo e storytelling, já que além da voz agradável e entonação adequada, esse profissional deve ter uma boa performance na descrição de cenários.
Estagiário no Metaverso
O estagiário, como em qualquer área, em qualquer carreira, é extremamente importante aqui! São eles que dão suporte às suas respectivas equipes e têm a chance do auto-desenvolvimento para se tornarem o futuro do setor. Assim que esse mundo digital se estabelecer, podem surgir vagas de estágio em todas as áreas que contemplem as profissões mostradas ao longo do texto: segurança, redação de arco narrativo, desenvolvimento de códigos, widgets, ferramentas de marketing e uma lista extensa de afazeres. Concluindo, o metaverso exigirá novas tecnologias, investimento pesado, inovações, protocolos e tantas outras descobertas para funcionar de maneira plena. E aí, você acha que as novas profissões e o metaverso impactarão o futuro do trabalho? Deixe sua opinião nos comentários! Se você está se adaptando ao trabalho híbrido e está procurando melhores equipamentos para alta performance, na matéria HP apresenta PCs All-in-One é possível conhecer as novas opções da companhia. Fontes: SHRM, WSJ