Celulares que fizeram a diferença: BlackBerry
“Diga o que quiser sobre os smartphones BlackBerry,mas, sua inegável popularidade trouxe a tona uma verdade amarga: o melhor design nem sempre é o mais bonito ou o mais elegante, e sim aquele que, para todos os efeitos, é funcional. Com suas uteis e simplórias interfaces e obsoletos teclados, os BlackBerries de outrora eram ideais para fazer chamadas e enviar e-mails, e não muito mais que isso. Eles eram ferramentas de produtividade, e só. Não eram os melhores celulares do mundo, mas eram extremamente competentes. É claro que, se comparando aos elegantes modelos com telas sensíveis ao toque e inúmeros recursos de hoje, o sucesso do modelo parece injustificável. A completa falta de charme do BlackBerry era um recurso: um lembrete para desligar o telefone e viver um pouco, assim que você enviasse ao seu colega um último e-mail.” – Suzanne LaBarre.
Os melhores celulares: iPhone
“Meu celular favorito, de longe, continua sendo o iPhone original. Ele representou e ainda representa o maior avanço no quesito design da categoria. Ele é, aos meus olhos, talvez o maior risco e mais efetivo já tomado em qualquer produto em qualquer categoria que eu tenha testemunhado durante a minha vida. Praticamente qualquer um dos melhores celulares disponíveis, em qualquer lugar do mundo, se inspira neste modelo. Ele foi um divisor de águas. O que veio depois dele, é inspirado nele”. – Stefan Sagmeister.
Design definitivo: iPhone 3G
“O melhor iPhone foi o iPhone 3G – sim, o modelo que derrotou o Motorola RAZR e transformou o celular, aquele convencional, naquilo que entendemos hoje como smartphone. Sim, a história também pode lembrar o 3G como o primeiro iPhone de plástico. Em matéria de design, o seu formato arredondado era ideal para o manuseio, mesmo que isso comprometesse a sua finura. O iPhone 4 retomaria o design fino, e a Apple não voltaria ao mesmo nível de conforto do 3G novamente até o iPhone 7, com sua tela curva (que, devo dizer, é meu segundo iPhone favorito). O 3G foi mais do que um marco do design da Apple. Foi também o primeiro iPhone que percebeu o potencial do smartphone para conectividade. Com as velocidades de 3G, você realmente podia navegar na Web sem Wi-Fi. E ainda mais importante, o 3G foi o primeiro iPhone em que a App Store veio pré-instalada, que estabeleceu tanto a distribuição de software quanto o modelo de pagamento para bilhões de smartphones que estavam por vir e são usados nos dias de hoje”. – Mark Wilson.
Queridinho: iPhone 4
“Eu possuía um iPhone 4 até 2016. Era um pequeno dispositivo que se encaixava perfeitamente na minha mão e no bolso lateral da minha mochila favorita. Sua tela era muito menor do que meu telefone agora, mas isso fazia sentido: não precisava ver tantos aplicativos de uma só vez, com seus alertas de notificação incômodos. Dei-me conta da sua praticidade até ele parar de funcionar de vez, quando o deixei próximo da banheira. No dia seguinte, com um Apple 6S em mãos, a quantidade de informações novas foi alarmante. À medida em que os melhores celulares se tornam mais complexos, mais rápidos, com câmeras melhores e telas cada vez maiores, acabamos por aceitar que talvez tudo aquilo que nos é oferecido é indispensável. E talvez seja. Mas às vezes eu anseio pela simplicidade do meu iPhone 4, ainda um feito de design e engenharia, mesmo que ele seja menor e mais simples em comparação.” – Katharine Schwab.
Preço que cabe no bolso: iPhone SE
“Eu amei o iPhone 4. Quando eu o vi pela primeira vez, parecia o celular mais bonito já lançado. A simetria era incomparável e me lembrava de objetos de ficção científica dos anos 70. Mas sua perfeição estética foi marcada por sua extrema fragilidade: ‘O vidro não é um bom material para se fabricar produtos que estão constantemente sendo manuseados’, escrevi na época. ‘Vidro quebra’. Por isso, o iPhone 5 se tornou o design perfeito da Apple. Na verdade, tornou-se o ápice do design do telefone, ponto final. A essência do iPhone 4 estava lá, com uma tela visualmente maior, mas ainda manejável. Eventualmente, o iPhone 5 tornou-se o iPhone SE, que teve a coragem do iPhone 6s, tornando-o muito rápido e capaz de gravar vídeos em qualidade 4K. É por isso que o iPhone SE – apesar de não ser tão bonito quanto o iPhone 4 – se tornou meu celular favorito da Apple de todos os tempos.”- Jesus Diaz.
Antro de melhorias: iPhone 7
“Um bom design para um produto funcional não deve ser, em hipótese alguma, supérfluo. Deve continuar a melhorar a integridade do produto e fornecer uma experiência melhor do que a do último lançamento. Quanto a isso não há dúvidas. Por essa razão, acredito que o auge do design do telefone celular é o iPhone 7. Sendo mais fino, mais rápido, mais forte e, com a introdução dos AirPods, é, sem sombra de dúvidas, libertador. Ele representou a execução mais perfeita de recursos até o momento, sem nenhum novo comprometimento, mas não podemos esquecer que ainda estamos na fase inicial do que um smartphone é e pode ser”. – Imran Chaudhri.
Edição Especial: Motorola Startec Rainbow
“O Motorola StarTAC Rainbow foi um celular flip fabricado pela Motorola, mas oferecido exclusivamente na Europa. O telefone mede apenas 98 x 57 x 23 mm e era o telefone mais leve e mais caro de sua época, vendido por cerca de US$ 1.000. O modelo em tom arco-íris pode ser considerado raro, até mesmo para a época. Eu ainda possuo um, mesmo que não ele não seja mais funcional. Disponível numa mescla de vermelho, azul e amarelo, o seu design é, ao meu ver, imbatível. Não há falhas.” – Forest Young.
Elemento nostálgico: Motorola V220
“Talvez o Motorola V220 não seja um bom exemplo para um design considerado belo. Como muitos outros telefones flip do início dos anos 2000, ele está perdido na chamada neblina pré-iPhone. Levei muito tempo para decifrar seu real propósito. Foi o telefone que minha irmã e eu recebemos no Natal de 2003 e, quando nos demos conta, havíamos passado o feriado todo mandando uma para a outra os nossos primeiros emojis. Tudo parecia fazer sentido, como todos os aspectos de seu design – desde o seu encaixe perfeito em mãos assim como o flip da tela em plástico que era mágico. Esta era do design do telefone não tinha o brilho e o charme dos modelos atuais, mas olhando para trás, era o começo do mundo em que vivemos agora. RIP, telefone flip.” – Kelsey Campbell-Dollaghan.
Clássico dos anos 2000: Nokia 5110
“Eu lembro do meu pai me emprestando o seu Nokia 5110 em uma longa viagem. Ser capaz de ligar com antecedência para descobrir onde dormiríamos naquela noite parecia ficção científica. Foi com o Nokia que eu comecei a usar SMS (ou mensagens de texto) para entrar em contato com amigos e familiares. Foi um dos primeiros telefones a vir com o Snake, um jogo de telefone perfeito antes mesmo dos jogos para telefone móvel serem populares. Esses dois recursos fizeram com que o Nokia que eu tinha em mãos um símbolo daquela geração. Parecia mais o futuro dos computadores do que o futuro dos telefones móveis.” – Alex Schleifer.
Pioneiro: T- Mobile Sidekick
“Em 2003, quando trabalhei na revista PC World, nomeamos o Sidekick da T-Mobile – um smartphone criado por uma startup chamada Danger – como nosso produto do ano. A decisão estava longe de ser unânime, mas acho que se sustenta: o Sidekick foi o primeiro dispositivo a colocar a Internet no seu bolso. Com uma tela que girava para revelar um grande teclado, o Sidekick tinha uma sensação de PC, o que fazia todo o sentido na era antes das interfaces touch. Ele ofereceu um navegador da Web surpreendentemente utilizável e isso foi importante em 2003. Andy Rubin, co-fundador da Danger, foi um dos responsáveis pela criação do Android, isso diz muita coisa. Este celular nos deu a compilação ideal de recursos na hora certa, um feito surpreendentemente complicado que sempre é digno de comemoração.” – Harry McCracken. Fonte: Fast Company. Faltou algum celular que deveria estar aqui? Deixe nos comentários!