De acordo com Jacquelline Fuller, presidente do Google.org, a desigualdade de gênero ficou ainda mais evidente durante a pandemia de COVID-19. Somente nos Estados Unidos as mulheres perderam mais de 5,4 milhões de empregos, representando 55% de todas as demissões em 2020. Além disso, Fuller chamou a atenção para o fato que cerca de 20 milhões de meninas ao redor do mundo podem abandonar os estudos de forma definitiva. Pensando em mudar essa situação e tentando promover um “tratamento mais igualitário”, o novo desafio tem como foco principal selecionar e financiar projetos capazes de gerar impacto social para mulheres e meninas, permitindo que elas consigam prosperar e desenvolver o potencial econômico. Para a edição 2021 do Desafio de Impacto Social para Mulheres e Meninas, o Google vai destinar US$ 25 milhões para as organizações selecionadas, sendo que cada projeto pode receber entre US$ 300 mil e US$ 2 milhões. O Google.org também vai oferecer acompanhamento durante o desenvolvimento dos projetos com consultoria de Googlers, como são chamados os funcionários da companhia.
Quem pode participar do Desafio de Impacto Social para Mulheres e Meninas?
As inscrições para o Desafio de Impacto Social para Mulheres e Meninas podem ser feitas pelo site e ficam abertas até o dia 9 de abril de 2021. Podem participar organizações sem fins lucrativos de vários países, com a exceção de intuições e projetos localizados em Cuba, Crimeia, Coreia do Norte ou Síria. Os campos para respostas abertas possuem um limite máximo de 100 palavras e o formulário precisa ser preenchido em inglês. O Google definiu quatro critérios para a realização das candidaturas:
Impacto: definir o impacto social para mulheres e meninas e como o projeto será capaz de ajudá-las a alcançar e desenvolver o potencial econômico ao longo do caminho. Também é preciso informar se o projeto será baseado em pesquisas e dados e apresentar soluções para os problemas apresentados. E informar quantas pessoas poderão ser impactadas pelo projeto.Inovação: o que torna o projeto único e inovador.
Exequibilidade: é preciso informar a viabilidade da proposta apresentando planos bem definidos para a execução do projeto, além da experiência e competências da equipe. Deixando claro se existem mulheres em posições de liderança nas entidades participantes, já o foco do desafio é selecionar projetos com impacto social para mulheres.
Redimensionamento: mostrar o potencial que o projeto possui para ir além da proposta inicial e como poderá influenciar outras iniciativas.
O processo seletivo contará com duas fases. A primeira, encerra dia 9 de abril. Serão escolhidas as propostas com maior impacto social para mulheres e meninas. Os projetos selecionados seguem para segunda fase, na qual será preciso apresentar informações adicionais sobre as propostas. As propostas serão analisadas em um painel composto por mulheres líderes de 15 países diferentes. A atriz e apresentadora Taís Araújo será a representante brasileira no painel do Google.org. Essa não é primeira vez que o Google promove uma iniciativa a favor da igualdade de gênero. A companhia já apoiou projetos como o Solar Sisters que capacita mulheres empreendedoras na Nigéria, fomentando a criação de empresas sustentáveis de energia, e o Instituto de Mulheres Empreendedoras (IRME), que apoia projetos de empreendedorismo feminino no Brasil, atendendo mais de 50 mil empresas lideradas por mulheres. Inclusive, o IRME faz parte do programa Cresça com o Google Mulheres e vai promover ações gratuitas em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O Google.org também já apoiou outros projetos que geram impacto social para mulheres, tendo doado nos últimos cinco anos cerca de US$ 55 milhões para instituições e organizações sem fins lucrativos que promovem a igualdade de gênero e criam oportunidades para mulheres e meninas. Fonte: Google [1] e [2]; TechCrunch