O desenvolvimento de games como opção de carreira
Uma das novidades que mais tem atraído a atenção nesse contexto é a abertura de opções de estudo relacionadas a videogames dentro de grandes universidades ao redor do mundo. Um exemplo disso aparece justamente no Brasil, com a abertura do curso de graduação em Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi, que tem como foco a prática da profissão através de design de interfaces visuais, animação e modelagem em 3D, além de incluir aulas de programação de inteligência artificial para games. Eventos como a Campus Party Brasil, por sua vez, que tem a tecnologia e a cultura digital como foco, já mencionaram os eSports como protagonistas do trabalho do futuro em palestras e workshops, visto que o mercado de trabalho está passando na atualidade por uma grande transformação. Vale ressaltar que, como a plataforma PC World compartilha, o salário de um profissional de games pode chegar a R$ 18 mil por mês no Brasil, pois o país representa o maior mercado da indústria de videogames na América Latina, com cerca de 400 empresas envolvidas e mais de 1,5 bilhões de dólares movimentados a cada ano. Por causa disso, as carreiras focadas nos games se tornaram uma opção muito marcante dentro do campo de trabalho do país e as empresas líderes nesse setor buscam atrair talentos para continuar liderando o mercado tecnológico. Um exemplo disso aconteceu no Intel Day, evento no qual foi dada especial atenção aos gamers e aos eSports, já que, dos mais de 80 milhões de gamers ativos que existem atualmente no Brasil, 37 milhões usam computadores como meio principal para jogar, e empresas como a Intel procuram melhorar a experiência que oferecem aos seus usuários.
Os grandes prêmios e a cobertura dos eSports
Os eSports também se tornaram uma opção muito lucrativa para os gamers devido à ampla atenção que os mais importantes torneios de videogames têm recebido e aos grandes prêmios que são compartilhados por eles. Por sua vez, os eventos voltados para os gamers no Brasil já conseguem gerar mais de R$ 50 milhões e criar mais de 1.300 vagas de emprego, visto que podem reunir cerca de 95 mil visitantes em um fim de semana, como aconteceu no Game XP, em setembro do ano passado. Plataformas e marcas que não eram tradicionalmente relacionadas a videogames também demonstraram interesse em fazer parte do cenário dos eSports. Um exemplo disso é a Red Bull, que dá um papel de protagonismo aos eSports em sua plataforma, destacando os torneios realizados a cada mês e incentivando seus leitores a acompanhá-los. Outro exemplo é o da plataforma de apostas da Betway, que abrange os maiores torneios de eSports, incluindo os campeonatos de CS:GO, League of Legends e Dota 2, e dá aos seus usuários uma ideia de quem são os favoritos para se tornarem vencedores desses grandes eventos. Deve-se notar que alguns desses torneios já quebraram recordes por conta dos grandes prêmios que distribuem. Um exemplo disso é o prêmio de mais de US$ 26,5 milhões que o campeonato The International vai distribuir este ano. Foi por conta da grande cobertura que é dada a eventos desse tipo que os clubes esportivos também decidiram se integrar ao mundo dos eSports. O Flamengo, por exemplo, destaca em sua plataforma oficial de eSports as contínuas vitórias que os membros de sua equipe têm em games como League of Legends até então. Gerando empregos nas indústrias de tecnologia e videogames, já que universidades, clubes esportivos e outras plataformas tradicionalmente de fora deste setor têm focado sua atenção nas possibilidades que os esportes virtuais e o desenvolvimento de novas tecnologias em torno deles têm na atualidade, os eSports compõem um ramo em constante crescimento em termos de trabalho. Vamos ver o que o futuro nos reserva nesse sentido.