Fusão e Fissão Nuclear são ambas reações nucleares, mas com usos distintos. A fissão é o processo de divisão de um núcleo atômico instável em núcleos estáveis. Ao partir um átomo em dois, temos a criação de energia. Atualmente está sendo usada geralmente em reatores nucleares e, além de não criar uma energia limpa, por ter Urânio em seu processo, é também bem radioativo. Os maiores exemplos de energia com fissão nuclear na nossa história foram as ogivas nucleares lançadas em Hiroshima e Nagasaki no fim da Segunda Guerra Mundial e também em Chernobyl, onde houve um acidente nuclear que deixou o local inabitável. Já a Fusão Nuclear é o oposto disso e acontece quando átomos com núcleos leves se juntam a temperaturas altíssimas (cerca de 10 milhões de graus Celsius) para criar um com núcleo mais pesado, isto é, mais potente. O melhor exemplo baseado em nossa realidade é o Sol, que constantemente funde átomos de Hidrogênio para criar Hélio. Apesar do possível nó na cabeça que esse assunto possa dar, a cultura pop já o abordou diversas vezes e das mais variadas formas. O Exterminador do Futuro, De Volta para o Futuro, Star Wars e Homem de Ferro são apenas alguns dos exemplos. Tony Stark talvez seja o que mais tenha relação com a nossa realidade, ainda que estejamos longe. O Reator Arc em seu peito é uma tecnologia totalmente energizada através da Fusão Nuclear e contém energia quase infinita. Isso se expandiu para filmes posteriores do universo Marvel e a Torre Vingadores também passou a ser energizada pela tecnologia, por exemplo.
Qual é a empresa que diz conseguir produzir essa energia até o fim da década?
Fundada em 1998, a TAE Technologies é uma empresa privada que sempre buscou trazer energia renovável e mais limpa através da fusão nuclear. Com a promessa de conseguir trazer à vida esse tipo de energia até o fim da década, se tornaram populares após a revelação de uma patente onde confinam plasmas em uma temperatura de quase 50 milhões de graus Celsius, mais do que o dobro do núcleo do sol. Essa nova patente é conhecida como Norman e é o quinto dispositivo de Fusão da empresa. Por atingir as temperaturas necessárias para se tornar algo comercial, a empresa conseguiu um financiamento de mais de US$ 880 milhões para ajudar no aprimoramento da tecnologia. Embora só agora a empresa tenha recebido o devido conhecimento e atenção, eles já haviam provado que seus reatores nucleares poderiam sustentar plasmas em confinamento a temperaturas altíssimas por tempo indeterminado desde 2015. Todos esses marcos históricos foram otimizados com os mais avançados processos da computação disponíveis, dentre eles o Machine Learning (Aprendizado das Máquinas, em tradução livre) da Google, que levou a criarem um novo algoritmo para melhorar a pesquisa em volta dessa ciência do plasma e fusão nuclear. Embora os avanços com a tecnologia estejam progredindo, ainda estamos há pelo menos mais 10 anos de distância até podermos enfim vê-la funcionando em nosso dia a dia.
O que é Fusão Nuclear na prática?
Pelo fato de não conter CO² (também conhecido como dióxido de carbono), a fusão nuclear pode ser a solução para os problemas com o aquecimento global, visto que a totalidade de gás CO² atualmente na terra tem 78% do total emitida pelos humanos através de combustíveis fósseis como petróleo e carvão. Não dá para dizer ainda o quanto dessa nova tecnologia vai impactar em nós meros mortais, mas pelo menos do ponto de vista científico é um grande avanço. Como já citei antes, esse fenômeno acontece frequentemente no Sol e é até então inviável para nosso cotidiano. Agora, com todas essas novidades, a tecnologia pode enfim criar eletricidade e se tornar viável para os humanos. Não é como se de uma hora pra outra fôssemos ter várias Torres dos Vingadores pelo mundo, ou então poder criar uma máquina do tempo, mas já é um grande começo para esse mundo de energia renovável. Mas e você, o que acha de tudo isso? Está ansioso para ver essa tecnologia sendo aplicada em nosso cotidiano? Deixe seu comentário e veja também como foi a detonação da bomba Tsar, a maior bomba nuclear da historia. Fonte: PR NewsWire, Interesting Engineering