Depois de mais de 5 anos na incubadora, o simulador de corridas Gran Turismo 5 finalmente deu as caras no dia 24 de novembro de 2010. Junto com o recém-adquirido Playstation 3, a compra deste jogo exclusivo para a plataforma da Sony foi quase que obrigatória. Série de renome, gráficos perfeitos, enxurrada de automóveis, ótima jogabilidade: será tudo isso mesmo?
Antes de comentar o jogo em si, acho de bom tom falar sobre todo o processo pré-jogo que o Gran Turismo 5 exige. Nas configurações inicias do meu PS3 eu habilitei a opção de atualizar um jogo automaticamente (caso existam atualizações disponíveis, óbvio), assim que o Blu-Ray é colocado. Em outros jogos, as atualizações eram de 16 MB, 20 MB – coisas simples e rápidas. O Gran Turismo 5 já pede uma atualização de 608 MB antes de mais nada (lembrando, se você não tem a opção de atualização automática habilitada, não vai passar por esse problema) que durou um bocado. Atualização feita, instalada, hora de jogar!? Na verdade, não – no meu caso pelo menos. O jogo recomenda que você instale o jogo no HD do Playstation 3 – uma operação que utiliza 8 GB de memória e demora mais 50 minutos (mais uma vez, não é necessário instalar o jogo mas, uma vez instalado, o jogo carrega com maior agilidade). Duas horas depois, tudo pronto pra jogar.
A abertura já mostra o motivo para qual o jogo veio – um vídeo perfeito que mostra uma fábrica de carros (admito que no começo achei que era tudo em CG mas depois percebe-se que foram imagens captadas) e depois mostra o jogo, em tempo real, e toda a beleza ali existente. Noite, dia, sol, chuva, neve, montanhas, todas as possibilidades climáticas estão presentes no simulador. Os gráficos desenvolvidos pela Polyphony Digital, como já era de se esperar, são perfeitos – às vezes até demais. O mais bacana disso tudo é que o jogo também é compatível com televisões 3D, elevando o nível de simulação (coisa que eu não cheguei a experimentar pois não possuo uma TV 3D – se alguém se habilitar, só mandar uma que eu atualizo o review). Como nem tudo é perfeito, os gráficos possuem algumas falhas meio grotescas, dado o nível da produção. O que mais grita aos olhos são as sombras serrilhadas e a torcida de papelão – mas ainda pode-se citar o esdrúxulo, mas existente, sistema de danos dos carros. No menu inicial você encontra 4 modos de jogo: GT Mode (modo aonde você cria uma carreira, adquire novos carros, tira licenças de motorista – o modo para qual o jogo foi feito), Arcade Mode (modo de diversão, corridas sem compromisso), Course Maker (aonde você cria seus próprios circuitos, baseados em modelos pré-selecionados) e o Gran Turismo TV (realmente um canal de TV só sobre o jogo – associado à Playstation Network). Além desses, os menus de configuração, tutorial e save do jogo também estão presentes na tela inicial. O jogo realmente foi idealizado para os amantes do automobilismo e a quantidade de opções de configuração, desde do seu carro até dos percursos, é absurda. Ao participar do GT Mode e evoluir sua carreira, novas opções de compra de carro vão aparecendo – o total de carros no jogo é de 1031 veículos de diversas marcas, sendo Lamborghinis e Bugattis as novidades desta edição. O detalhamento dos carros é absurdo – como já disse anteriormente. Veja o vídeo abaixo:
Lançado em novembro de 2010, este é um jogo que sempre será um clássico. Para os adoradores de jogos estilo arcade (ex.: Need for Speed), este jogo não é a melhor pedida mas vale a pena jogar – tanto pela beleza visual quanto pelo peso que ele tem sobre a categoria. O jogo é uma evolução natural do Gran Turismo 4, lançado para Playstation 2, e poucas adições relevantes foram adicionados ao sistema de jogo. A jogabilidade continua perfeita e mostra que a série continua sendo a melhor e o mais versátil simulador de carros presente no mundo dos games.