Pensando nisso, listamos os aparelhos eletrônicos e eletroeletrônicos que mais consomem energia em casa. Em alguns casos, calculamos o gasto de cada um deles com base na tarifa média residencial ponderada pelo mercado, informada pela Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, no valor de R$ 0,571. A Aneel especifica que não foram incluídos impostos ou outros custos adicionais, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Taxa de Iluminação Pública, mas já é útil para se ter uma média de valor e pensar duas vezes antes de esquecer a porta da geladeira aberta. Confira a lista:
Desktop e notebook
Um desktop gasta em média 120 a 150 W por hora, segundo dados da Aneel. Isso pode representar um gasto de R$ 17,78 ao mês, considerando um uso de 12 horas, principalmente nos tempos de isolamento social em que estamos conectados a maior parte do tempo. Em um ano, são R$ 213,40. O desktop ligado sem utilização consome 0,12 kWh por hora com monitor ligado. A tela é componente que mais consome energia. Desligar o monitor pode economizar 0,08 kWh por hora de uso. Já notebooks gastam em média 7,20 kWh, segundo dados da CEMIG — considerando uma utilização média de 8h por dia em 1 mês de um aparelho que tem potência de 30 W. Se estiver pensando em trocar seu desktop por um notebook, confira a nossa lista com os melhores notebooks para comprar em 2020. Mudanças simples no hábito podem fazer a diferença. O computador tem dois modos quando você não está usando: um que suspende e um que desliga. O que suspende gasta mais energia porque só a tela fica desligada — a CPU fica funcionando. Por isso se o computador ficar inativo por muito tempo, vale desligar. Na hora de comprar um computador, procure pelo selo Energy Star, pois são produtos que consomem menos energia, principalmente em stand by.
Consoles de Jogos
Até mesmo os consoles de videogames não ficam imunes: podem gastar cerca de 23 W por hora e 1 W quando fica em stand by, o que poderia representar um custo de aproximadamente R$ 30,60 em um ano! Essa conta pode ficar ainda mais cara nos Estados Unidos. Por exemplo, se você deixar ligado um console 100% do tempo, pode custar 100 dólares extras de um americano. Mas a maioria da energia é mesmo consumida no modo stand by desses aparelhos. Um Xbox One gasta cerca de metade da energia no período de um ano quando está em modo de espera. Outra questão que surge é quando os consoles são usados para outras funções, como transmitir filmes. O PlayStation 3 usa o dobro de energia do que um decodificador e cerca de 30 vezes mais energia reproduzindo streaming em comparação com uma Apple TV. Também publicamos um vídeo no nosso canal do YouTube falando sobre o quanto cada console das maiores marcas representa na sua conta de luz, então dá uma olhada:
Decodificadores e TVs
Pode não parecer, mas decodificadores precisam de bastante energia, principalmente quando estão em stand by — além de relógios quando ninguém está assistindo, são verdadeiros minicomputadores que se comunicam com fontes de conteúdo remoto ou gravam conteúdo enquanto você está fora. O consumo médio mensal de um decodificador de TV a cabo em stand by pode ser de 14,40 kWh. Vamos às contas: R$ 98,49 em um ano. Em relação às TVs, um modelo OLED gasta menos energia que um aparelho QLED. A explicação está na diferença da tecnologia entre elas: as QLED possuem uma iluminação traseira, o backlight, que consome uma quantidade razoável de energia, já as OLED têm milhões de pixels individuais que produzem a luz. São uma boa opção se você assistir TV em uma sala bem iluminada. Por isso, as OLED têm cores mais vivas, brilho e contraste. Cada pixel tem autonomia na emissão de luz. Para reproduzir a cor preta, basta desligar a iluminação, garantindo “pretos mais pretos” e a maior eficiência energética e também serem mais finas e flexíveis – pois não precisam de painel de luz traseiro. São recomendadas para ambientes pouco iluminados ou salas com luzes controláveis. Ao explorar os recursos de sua TV, como sensores de luz ambiente e protetor de tela, lembre-se de configurá-la para usar menos energia. Alguns eletrônicos usam tecnologias que conseguem reduzir o consumo de energia em stand-by em até 90%.
Micro-ondas
O perigo maior de um micro-ondas não é quando está aquecendo comida ou estourando pipoca: eles consomem maior energia elétrica quando em stand by – afinal você só usa o micro-ondas em uma pequena parte do tempo. Segundo um estudo do Projeto de Consciência de Padrões de Aparelhos, o micro-ondas é usado apenas 70 horas por ano. Em 99% desse tempo, ou 8,69 mil horas por ano, o micro-ondas pode gastar até 35 kWh só para iluminar relógios e manter controles de botão eletrônico em modo stand by.
Ar-condicionado
O ar-condicionado está entre os maiores vilões do consumo de energia. Segundo cálculo da CEMIG, o consumo médio mensal de um ar condicionado pode variar entre 182,40 e 192,00 kWh, ou seja, R$ 103,96 e R$ 109,44 em um mês, considerando apenas um aparelho na residência. Para quem tem mais de um ar condicionado, onera ainda mais a conta de energia. Ao comprar um ar-condicionado pensando no consumo consciente de energia, uma dica é dar preferência aos modelos com o Selo Procel de Economia de Energia. Aqueles modelos que possuem um recursos de programação, como timer, também podem ser bem úteis. As diversas opções de ar-condicionado inverter prometem economizar até 70% de energia em relação a outros aparelhos comuns. Tudo porque não têm o tradicional sistema on/off, mas sim um inversor de frequência. Um exemplo é o modelo Split LG Dual Inverter Compact para 12.000 BTUs, que varia de R$ 1.663,32 (frio) a R$ 2.554,55 (quente/frio).Aparelhos conectados também são ótimos eletrônicos para a economia de energia elétrica, como o portátil LG DUAL Inverter Voice. Esqueceu ligado e já imaginou o prejuízo na conta de energia? Com esses modelos, é possível controlar mesmo fora de casa, programando ou desligando remotamente. Dimensionar adequadamente o ambiente, evitar o frio excessivo, manter portas e janelas fechadas, evitando entrada de ar externo, não deixar nenhum objeto ou cortina impedir a circulação de ar são algumas dicas para evitar o desperdício de energia, pois se os cômodos não estão completamente vedados, o frio escapa pelas frestas e você desperdiça energia (e dinheiro).
Chuveiro elétrico
O chuveiro elétrico é o maior de todos os vilões das contas de luz, sempre figurando entre os campeões que mais gastam energia elétrica segundo especialistas. A conversão de energia elétrica em energia térmica exige muita potência. Por isso, dicas como controlar o tempo do banho, não abusar de temperaturas quentes quando não é necessário e escolher a potência do chuveiro conforme a região onde vive (já que quanto maior a potência, maior o gasto de energia) podem contribuir para o consumo consciente. O consumo pode variar dependendo de vários fatores, como potência, modelo e de quão rápido ele esquenta a água, por exemplo. Segundo dados da CEMIG, um chuveiro elétrico de 3.500 W pode gastar 70 kWh em um mês, enquanto outro de 5.000 W consome 100 W, o que poderia equivaler a R$ 39,97 e R$ 57,10. A modalidade elétrica ainda assim é mais eficiente que outros sistemas de aquecimento. Se comparado ao custo de um aquecedor, ele é mais econômico, pois chuveiros elétricos jorram água quente no momento em que são ligados, diferentemente de um chuveiro com aquecimento a gás, que pode levar algum tempo, o que também desperdiça água para atingir a temperatura desejada. Outras dicas para a economia de energia são: dê preferência aos modelos com selo do Inmetro (pois foram testados pelo instituto e trazem a informação da porcentagem da energia consumida que realmente aquece a água), manter o chuveiro na posição verão (segundo a CEMIG, a economia é de 30%), fechar a torneira na hora de se ensaboar, não reutilizar uma resistência queimada, pois isso gasta mais energia que uma resistência nova, além de ser perigoso, pois há risco de ocasionar curto-circuito no banho, usar a fiação adequada e espessura compatível com a potência e voltagem, pois as “gambiarras” podem desperdiçar energia. Aparelhos que têm controle eletrônico podem facilitar a troca gradual de temperatura, apostando no conceito de ducha inteligente, como o Ducha Hydra Digital Polo Hybrid, que varia de R$ 272,89 (5500 W) a R$ 309,90 (7700 W). Ele tem alta performance de aquecimento, economizando até 91% de energia, pois segundo o fabricante, o eletrônico utilizará somente a capacidade da potência necessária para o aquecimento da água, estando entre os 10 melhores chuveiros e duchas de 2019 do Zoom.
Secador de cabelo
Segundo a Aneel, o secador consome bastante energia, principalmente se você precisa usá-lo com frequência. A potência de um secador vai definir a rapidez com que a energia elétrica da sua casa pode se transformar no ar quente que sai do eletrônico para secar o seu cabelo (a energia térmica). Quanto maior os watts do aparelho, o ar mais quente de forma mais rápida, porém maior o consumo também. Por isso, na hora de comprar um secador, vale saber o uso que você fará dele. Se o secador vai ser usado apenas para secar os fios após o banho, a potência dele pode ser menor, principalmente se o uso não for frequente. Já para um uso profissional, como em um salão de cabeleireiro em que o aparelho também será usado para escovas, alisamentos, penteados, por exemplo, é necessário um secador com potência bem alta para que o profissional consiga usar de maneira mais rápida e ágil. Um secador de 1400 W se utilizado por 10 minutos diariamente em um mês pode gastar 7 kWh na conta de energia elétrica, o que equivale a R$ 47,96 em um ano. Uma forma de controlar o uso do secador é secar bem o cabelo com a toalha antes de usá-los, pois assim ele fica ligado por menos tempo. Um aparelho que se propõe a economizar energia, como o próprio nome já diz, é o Taiff Eco. Segundo o fabricante, ele economiza até 40% de energia elétrica em seu consumo sem perder o alto desempenho. Inclusive, por consumir menos energia elétrica, o secador Eco é mais sustentável.
Geladeira
A geladeira também pode ser bem “malvada” em nossas contas de energia elétrica. Segundo a CEMIG, uma geladeira frost free (um sistema de refrigeração controlado eletronicamente, usado até mesmo em frigoríficos e congeladores comerciais, permitindo temperatura homogênea por conta da circulação de ar constante e que não se forme gelo nas paredes do congelador, tornando mais fácil a limpeza e manutenção do aparelho) e que tem 1 porta pode gerar um gasto médio de 30 kWh em um mês, o que representaria R$ 205,56 em um ano. Já um modelo de 2 portas frost free consumiria 50 kWh em média, o que equivale a R$ 342,60 em um ano. Na hora de comprar o aparelho, é importante buscar os modelos que tenham o Selo Procel de Economia de Energia e a etiqueta do Inmetro com informações do consumo médio mensal, escolher a geladeira que atende as necessidades de sua família, evitar abrir a porta sem necessidade ou por tempo prolongado, retirar de uma só vez todos os alimentos de que precisa, arrumar os alimentos para perder menos tempo para encontrá-los e regular o termostato adequadamente e estações frias do ano. Outro cuidado importante é a circulação de ar frio, pois a perda de ar frio pode gastar energia. É necessário, por exemplo, cuidar da borracha de vedação da porta para que sempre esteja em bom estado e deixar espaços para a circulação de ar frio. Existem alguns modelos equipados com a tecnologia Digital Inverter. Assim como em um ar-condicionado, uma geladeira desse tipo pode reduzir o consumo em até 40% em relação a motores convencionais, pois não gera picos de energia. Recursos como Smart Sensor, presente na geladeira Samsung Barosa, por exemplo, promete ser um identificador dos hábitos de uso para potencializar o funcionamento e gastar menos energia. Já outros modelos de geladeira da própria Samsung, como as RF23R e RF22R, podem consumir 50% a menos de energia que outros modelos convencionais. Algumas como as RF23R6301 e RF22R apostam também no recurso Food Showcase, que ajuda o consumidor a visualizar o alimento que o usuário está buscando sem precisar abrir a geladeira inteligente e contribuir para a gestão dos alimentos. Fontes: Aneel | Aneel | Aneel| CEMIG | National Geographic Brasil | Correio Braziliense | Digital Trends | VSBytes | c|net | Lifewire | Zoom | BBC | Taiff