A vida online e seus perigos
Se na última década nossa vida veio ficando cada vez mais conectada, no último ano e meio essa realidade foi forçada a chegar com ainda mais intensidade — já que precisamos ficar mais em casa com o vai-e-vem das ondas da pandemia, nos resta recorrer à internet para nos conectar com amigos e familiares, para não falar nas compras online. Uma pesquisa do Instituto Ipsos nos Estados Unidos, encomendada pelo Google, revelou que 7 em cada 10 estadunidenses ficou mais tempo na internet em 2020 do que nunca na vida, e 56% estão mais preocupados com sua segurança online do que antes. 92% dos estadunidenses fez compras online no mesmo ano, e buscas por “dicas de segurança online” subiram incríveis 250%. Pelo menos 66% das pessoas se comunicaram mais via internet, seja por trabalho (84%) ou para falar com familiares e amigos (87%). Mas, apesar da tecnologia nos ajudar em diversos aspectos, nem tudo são flores. Senhas, por mais seguras que sejam, podem ser roubadas — se elas forem muito fáceis, especialmente, mas se elas forem muito difíceis pode ser complicado lembrá-las. Uma senha complexa, aliás, acaba sendo tentadora: muita gente acaba utilizando ela em todos os sites e serviços possíveis, inutilizando essa complexidade — se ela for roubada, tudo a que se tem acesso fica automaticamente exposto. 66% dos estadunidenses, por exemplo, afirmam usar a mesma senha em diversos lugares! Infelizmente aos paranoicos, gerenciar muitas senhas difíceis é um desafio dos grandes. O termo “minha senha é forte?” cresceu nas buscas em 300% no ano de 2020, e as preocupações em relação à segurança online parecem apenas crescer.
E isso tem solução?
Muito provavelmente nunca estaremos 100% livres de qualquer perigo online, mas calma, a resposta não é negativa — temos, sim, muitas medidas que estão aí para nos ajudar a deixar a vida online mais segura e menos complexa. A verificação em duas etapas, por exemplo, é utilizada pela maioria dos sites e aplicativos para garantir que é você mesmo que está acessando a sua conta, evitando que, mesmo que sua senha seja exposta, alguém consiga ter acesso aos seus dados. Além disso, gerenciadores de senha podem ajudar no lidar com diversas credenciais complexas sem se perder ou ter de anotar tudo no papel. É pensando nisso que o Google tem buscado aprimorar esses serviços, com a meta de um futuro como comentamos no início da matéria — uma internet sem senhas.
Verificação em duas etapas
Esse método de segurança tem uma premissa simples: toda vez que você for acessar sua conta novamente em algum site ou serviço, será necessária uma confirmação de que é você mesmo, o proprietário da conta, que está realizando esse acesso — isso pode ser feito através de um e-mail, uma mensagem de texto no celular ou uma confirmação via aplicativo. Dado que apenas você tenha acesso a esses dados ou itens, o método é bem seguro. No caso do Google, uma mensagem é enviada para cada aparelho que já esteja logado em sua conta, dizendo o local de onde o acesso foi feito (ou mesmo uma tentativa de acesso) e pedindo para que você confirme que foi o “autor” desse acesso. O plano da empresa é que todos os novos usuários tenham essa verificação automaticamente, já que no momento é necessário cadastrar esse método manualmente — enquanto os usuários existentes da plataforma terão o recurso ativado automaticamente, caso o perfil tenha todas as informações de recuperação de senha cadastradas corretamente. Como hackers mais sofisticados conseguem driblar métodos como esse (mandando uma mensagem de verificação falsa, por exemplo), o Google tem um método adicional à verificação em duas etapas — uma chave de segurança que está incorporada no seu celular Android (a partir da versão 7) e a confirmação de qualquer tentativa de login por ele. Assim, é necessário que você esteja com o aparelho fisicamente para ter acesso aos seus dados — via Bluetooth. Para quem tem iPhone, a empresa já lançou o aplicativo Google Smart Lock para iOS, então também é possível utilizar o celular para autenticar o acesso.
Gerenciador de senhas
Já incluso no navegador Google Chrome, para celulares Android e agora também nos iOS, está o gerenciador de senhas do Google, que dispõe de uma série de tecnologias e ferramentas para facilitar a vida de quem utiliza senhas em profusão. Com a permissão do usuário, esse gerenciador guarda suas senhas em segurança atrás da verificação de segurança que vimos no tópico acima, mas também faz bem mais do que isso — ele verifica se você já utilizou uma senha igual e sugere senhas complexas no lugar, e se você estiver preocupado em se lembrar dela, isso não será necessário, já que o Google preencherá as credenciais respectivas em todo novo acesso que você realizar. Como se não fosse o bastante, o Google também verifica se a força da senha é boa ou ruim e te alerta caso sua senha tenha sido comprometida — nos últimos anos, diversos vazamentos de dados ocorreram, como o caso do Cambridge Analytica, então esse serviço é essencial para saber se sua senha já não é pública, às vezes há tempos. E caso você esteja interessado em começar a utilizar o gerenciador de senhas do Google a partir de agora, a empresa pensou em tudo — há o recurso de importar senhas, que pode trazer suas credenciais rapidamente à plataforma (até mil de uma vez), totalmente na faixa. Para você garantir que está com tudo em dia em quanto às suas senhas, verificações em duas etapas e tudo ao que tem direito no quesito segurança, há a Verificação de Segurança da empresa — que te informa se está tudo correndo bem em relação a isso.
E o futuro?
Aliado a tudo isso que citamos, há ainda serviços de proteção de conta adicionais, como o Programa de Proteção Avançada, projetado para jornalistas, ativistas e pessoas que gerenciam campanhas políticas, por exemplo, já que são alvos mais visados no mundo online; o Google também vende chaves de segurança físicas, substituindo o smartphone, para garantir ainda mais segurança na hora de fazer login. Todas essas medidas fazem parte dos planos de facilitar cada vez mais a vida de quem está conectado, colocando várias camadas de segurança com o mínimo possível de complexidade para o usuário. Ainda há um longo caminho pela frente até chegarmos na tal internet sem senhas, mas cada vez precisamos digitar menos credenciais por aí — e, se tudo der certo, continuaremos fazendo isso cada vez menos. Como afirmamos, provavelmente nunca estaremos total e completamente seguros, mas a cada nova tecnologia, vamos podendo ir dormir cada vez um pouquinho mais tranquilamente.
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Fonte: Blog do Google, Google