Anunciado em fevereiro pelo Google, o Chrome OS Flex é uma boa alternativa para computadores mais antigos que já não recebem mais atualizações de software ou simplesmente não conseguem mais rodar versões mais atuais do macOS ou do Windows. De acordo com a desenvolvedora, ele terá o mesmo ciclo de atualizações do Chrome OS tradicional, o que o torna seguro e atual para uso em casa ou no escritório. O Chrome OS Flex promete trazer mais fluidez para modelos de várias marcas, incluindo PCs da Acer, ASUS, Dell, HP, Lenovo, LG e diversas outras marcas populares; modelos de MacBook datados de 10 anos também são elegíveis. Um dos pontos mais interessantes é que todos os dispositivos que executarem o ChromeOS Flex poderão compartilhar quase todos os mesmos recursos da versão completa do sistema. Com isso, é possível esperar a mesma base de código, sandbox de aplicativos, atualizações em segundo plano, janelas de lançamento e tempo de inicialização em poucos segundos. Por ser largamente baseado em serviços de nuvem e trazer grande integração com o Android, o Chrome OS Flex ainda traz suporte ao uso do navegador Chrome, suíte de apps do Workspace, interface de usuário personalizável, interação com dispositivos Android, sincronização na nuvem para configurações e favoritos e também incorpora o Google Assistente. Por outro lado, ele não mantém os atalhos e interface de teclado de um Chromebook — em vez disso, esses comandos são herdados do sistema operacional anterior. A versão Flex também não oferece suporte aos aplicativos Android, muito menos à loja oficial do Google, a Play Store.
Requisitos mínimos para rodar o Chrome OS Flex
O Chrome OS Flex surge como uma evolução do CloudReady, aplicativo que ajudava a tornar Macs e PCs antigos em Chromebooks funcionais. Desenvolvido pela Neverware, o software passou a ser do Google após a sua compra, no ano de 2020. O CloudReady era uma solução focada em empresas ou escolas que desejavam aumentar a vida útil dos seus computadores, premissa que deve ser adotada também por essa nova versão lançada pela gigante de Mountain View. Apesar de haver uma lista com computadores compatíveis com a versão Flex, é possível ainda instalá-lo em máquinas que não foram certificadas pelo Google, contanto que elas tenham pelo menos, 4GB de RAM, 16GB de armazenamento interno, uma porta USB bootável e um processador x86 Intel ou AMD de 64 bits — ou seja, nada de ARM por enquanto. Estes são os requisitos mínimos de hardware do ChromeOS Flex:
Memória RAM: 4GB;Armazenamento interno: 16 GB;Inicializável a partir da unidade USB;BIOS: Acesso total de administrador. Você precisará inicializar a partir do instalador do Chrome OS Flex USB e fazer alguns ajustes no BIOS, se tiver problemas;Processador e gráficos: Componentes feitos antes de 2010 podem resultar em uma experiência ruim;Placas de vídeo Intel GMA 500, 600, 3600 e 3650 não atendem aos padrões de desempenho do Chrome OS Flex.
No caso dos Macbooks, o Google também divulgou uma lista com modelos compatíves: O novo SO pode ser instalado por meio da extensão do Utilitário de recuperação do Chromebook, via navegador Chrome. No caso de usuários corporativos, é necessário pagar pelos upgrades do Chrome Enterprise ou Education para obter suporte e gerenciamento de frota. Já no caso de clientes antigos que utilizam o CloudReady, é possível migrar para a nova experiência quando quiser e sem custos adicionais.
Como instalar o Chrome OS Flex
Para instalar o Chrome OS Flex, é preciso, antes de tudo, instalar a extensão “Utilitário de recuperação do Chromebook” no Google Chrome ou em qualquer outro navegador baseado em Chromium (Microsoft Edge, Opera, Vivaldi, etc.) em um PC, Mac ou Chromebook. Após adicionada a extensão, basta clicar no ícone da chave-inglesa para abrir. Uma janela será exibida para “criar uma mídia de recuperação para seu Chromebook”. Clique em “Vamos começar”, e então clique no link “Selecionar um modelo na lista”. A seguir, selecione a opção “Google Chrome OS Flex” no menu “Selecione um fabricante”. O mesmo deve ser feito em seguida, no menu de “Selecione um produto”. Em seguida, insira o pen driver, HD externo ou qualquer outro dispositivo USB com armazenamento disponível mínimo de 8GB e aguarde enquanto o processo se inicia. Por fim, basta fazer a instalação em qualquer PC, Mac ou Chromebook. Lembrando que as configurações de boot variam de acordo com a fabricante. Por isso, é interessante buscar pelo seu modelo e seguir as instruções fornecidas por ela. Veja também: Muito utilizado também por quem utiliza o computador para estudo e trabalho, o Google Meet agora permitirá que assinantes do Google One gravem chamadas. Fontes: The Verge, MacRumors.