Estivemos, no último dia 2 de julho, no PIC (Product Innovation Center) da Flex, empresa que fabrica produtos eletrônicos para empresas como HP, Motorola, IBM, Dell, Siemens e equipamentos médicos para a Johnson&Johnson, para conhecermos a primeira impressora 3D industrial em funcionamento na América Latina.

Impressora 3D à nível industrial

A HP Jet Fusion 540 é uma impressora 3D indicada para produção industrial que supera as tradicionais limitações da impressão 3D. Até seu lançamento, em 2017, a impressão 3D só podia ser utilizada no desenvolvimento de protótipos, devido à lentidão do processo de manufatura aditiva, como também é conhecida. Em uma impressora 3D, um filamento de plástico é derretido e aplicado por um bico em uma bandeja, formando camadas sucessivas que formam o objeto que está sendo impresso. Isso demora horas ou até dias, dependendo do tamanho do objeto. A grande sacada da HP foi trocar a cabeça de impressão por um carro que espalha o material plástico por toda a base. Em seguida, uma barra móvel transversal espirra agentes de detalhamento e fusão que, com o calor, vão formando o objeto. É isso que faz com que a Jet Fusion conseguir imprimir a uma velocidade até 50 vezes maior que as impressoras 3D convencionais. Fizemos um video mostrando como isso funciona na vida real; veja abaixo: Além de mais rápidas, as HP Jet Fusion também entregam um material já acabado, sem aquelas ranhuras tradicionais da impressão 3D e muito mais resistente, próprio para ser utilizado em produtos finais. Como prova de que a coisa funciona, mais de 130 peças da Jet Fusion podem ser impressas na própria impressora.  A Jet Fusion 500 tem resolução de 0,2 mícron e aceita vários tipos de filamentos. Segundo a HP, várias empresas ao redor do mundo já estão desenvolvendo novos materiais para serem utilizados com ela. Obviamente, a HP não está sozinha nesta corrida. Ela compete com empresas como a Stratasys, tradicional fabricante de equipamentos de impressão 3D, General Electric e Carbon, startup que vem alavancando investimentos e já tem um valor de mercado de US$ 2,4 bilhões. Mas a HP conseguiu passar as concorrentes lançando a primeira impressora a ter um custo por peça melhor que a fabricação tradicional com moldes e injeção em volumes acima de 100 mil unidades.

HP Jet Fusion é oportunidade para inovadores

“Isso vai viabilizar muitas ideias que startups e inovadores tinham, mas não conseguiam sair da fase de protótipo”, diz Leandro Santos, presidente da Flex. Ele mostrou alguns exemplos que estão sendo produzidos no PIC, entre eles, um óculos capaz de transformar luz em som para deficientes visuais, uma caixa para alimentar controladores Arduíno ou Raspberry Pi com baterias de celular. Para Claudio Raupp, presidente da HP Brasil, a grande vantagem da manufatura aditiva não está na produção de peças que já são fabricadas pelos métodos convencionais, mas na possibilidade de aperfeiçoamento dos modelos existentes e na aceleração do desenvolvimento de novos produtos. A Flex está inicialmente utilizando a Jet Fusion em projetos internos e parcerias com universidades. “Nossa filosofia é “Sketch to Scale”, queremos criar produtos do desenho a produção industrial”, diz Santos. A empresa está firmando acordos com universidades para que estudantes e pesquisadores possam utilizar o equipamento para levar suas ideias ao mercado. A ideia da empresa, segundo Leonardo, é “sair vendendo a Jet Fusion por aí”, em um futuro próximo.

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