Anunciado no início deste mês, em um movimento que já era previsto antes disso, a marca abandonou de vez os equipamentos anteriores que eram fabricados pela Intel, passando a desenvolver seus próprios processadores com arquitetura ARM para todos os eletrônicos, dos portáteis aos desktops. Na ocasião do lançamento, Johny Srouji, vice-presidente sênior de Tecnologias de Hardware, afirmou que nunca houve um equipamento tão inovador quanto o M1 da Apple e que ele inaugurava uma nova era para os Macs. “Com sua combinação única de desempenho notável, recursos poderosos e eficiência incrível, M1 é de longe o melhor chip que já criamos”, afirmou. Hoje, os especialistas externos fazem bons elogios ao equipamento, o que evidencia que a afirmação fazia sentido na época e continua até hoje. Nesse contexto, esse hardware tem feito o mercado se movimentar, e duas das principais fabricantes de processadores já trabalham para responder à altura a gigante da maçã. Intel e Qualcomm já estão projetando equipamentos para superar o poder do M1 da Apple ou serem até melhores que ele. Enquanto a primeira aposta no modelo SQ2, a segunda quer usar o Lakefield como base. Já a AMD, diferente das rivais, em razão do atual sucesso do Ryzen 5000, parece não planejar passos largos a curto-prazo.
SQ2 é a carta da Qualcomm contra o M1 da Apple
Atualmente, a Qualcomm é a empresa que mais fornece hardwares para o mercado. Mesmo nos produtos da Apple, como os smartphones, os usuários ainda encontram peças da marca, como o novo modem 5G do iPhone 12. Esse cenário mostra que a Qualcomm já está um passo à frente no mercado, mas não é isso que vai posicionar a gigante contra o produto da Apple, e sim uma nova versão do Surface Pro X, da Microsoft, o primeiro notebook da linha baseado em ARM e equipado com o novo chip SQ2, fruto de uma parceria entre as duas companhias. Durante o lançamento internacional, em 27 de outubro, as empresas garantiram um notebook mais rápido, potente, multitarefa e com uma bateria com duração de até 15 horas. Esse produto ainda não está a venda no Brasil, mas, no exterior, chega com preço médio de US$ 1.500 (cerca de R$ 7.800 em conversão direta, sem impostos).
Intel deve melhorar o Lakefield para bater o M1 da Apple
Do lado da Intel, que até hoje fabricava os chips utilizados pela Apple, a saída está nos processadores híbridos Lakefield. É claro que a empresa deve lançar mão de toda a sua tradição neste mercado para buscar melhorar algumas questões do dispositivo para torná-lo uma alternativa ao M1 da Apple. Fato é que, quando usado em um Samsung Galaxy Book S, esse chip trouxe muitos benefícios no desempenho da bateria e mostrou um caminho pelo qual a marca pode seguir para continuar sendo a principal neste segmento no próximo ano, quando a disputa deve se acirrar. Assim, o movimento está em investir na 12ª geração de processadores, denominada de Alder Lake, para ditar os rumos de processamento da empresa, se concentrando em aliar a duração da bateria, que já é realidade, à promoção de melhor desempenho.
Com Windows, Microsoft está no centro deste debate
A disputa entre Apple e Google pelo segmento móvel parece se materializar na Microsoft nos outros mercados. Isso porque tanto a Intel quanto a Qualcomm dependem de um posicionamento da empresa de Bill Gates para definir os próximos passos, tendo em vista que o Windows é o sistema mais usado nos equipamentos. Desta forma, o desenvolvimento de um sistema operacional leve e intuitivo é a resposta que essas empresas tanto esperam, e isso pode ser uma realidade por meio do Windows 10X, uma nova edição de SO e que está previsto para ser lançado no primeiro trimestre de 2021. Decerto, a maior beneficiada por este sistema é a Intel por já tem um chip híbrido, preparado para novos sistemas, avançado em eficiência, somado ao fato de que ele também oferece suporte aos aplicativos tradicionais do Windows. Tudo isso indica uma possível concorrência direta ao M1 da Apple. Além disso, espera-se que a Microsoft continue investindo em aumentar o suporte para aplicativos nativos do Windows que sejam baseados em arquitetura ARM, como o Teams e o Edge, além de ampliar a sua capacidade em emular apps que tenham outras arquiteturas. Fonte: Wired E você, qual você acha que é um provável concorrente dos chips da Apple? Compartilhe sua opinião conosco aqui embaixo.