Comentamos um pouco no Showmetech TRIO:
A maior atualização do Google Earth e o Timelapse
O Google Earth, em sua concepção, era uma febre na internet. A possibilidade de viajar pelo mundo todo, visitar outros países e até mesmo conferir como o Google exibe sua própria casa era uma grande diversão. Após ter recebido sua última atualização relevante em 2017, agora temos mais uma grande novidade: o Timelapse. O termo “Timelapse” se refere a uma “viagem no tempo”, onde você confere uma linha temporal que exibe as mudanças que aconteceram nos últimos anos e é exatamente isso que a ferramenta propõe nessa nova atualização do Google Earth. Ao acessar o site, você consegue navegar entre os locais desejados ao redor do mundo e conferir suas mudanças no decorrer dos anos. Ao escolher uma categoria, o Timelapse começa a funcionar no local indicado evidenciando geográfica e climaticamente suas mudanças, por exemplo, ao clicar em:
Mudança nas florestas
O Google Earth começa a mostrar um cultivo de soja em San Julián, Bolívia, e você vê que as mudanças são bem claras, onde o verde das plantas e florestas começa a dar lugar ao marrom e amarelo das plantações de soja. Na descrição ainda há curiosidades como o fato de dois terços dessa soja serem usados para o consumo animal.
Planeta em aquecimento
Já aqui conhecemos a Geleira Columbia, citada em Alasca, nos Estados Unidos. Durante o Timelapse você consegue conferir como 20 km da geleira, que estava desaguando no Estreito de Prince William pelas montanhas, desaparece com o passar do tempo. As categorias pré-estabelecidas funcionam mais como fator de curiosidade e para que você entenda como funciona o Timelapse no Google Earth, na prática, mas também é possível digitar na barra de busca onde está escrito “Pesquise pelo planeta…” pelo local específico que você deseja conferir algum Timelapse. O Timelapse no Google Earth foi criado pelo Google com a Universidade Carnegie Mellon, através do projeto CREATE Lab. Esse trabalho conjunto pensou em cinco temas que foram tratados de forma emergencial e você pode conferi-los nas categorias que foram mencionadas anteriormente:
Expansão urbana; fontes de energia; mudanças nas florestas; planeta em aquecimento; e beleza frágil do mundo.
Como chegamos ao Timelapse no Google Earth?
O esforço aplicado para que a ferramenta chegasse a nós não foi pouco. Foram 24 milhões de imagens capturadas por satélites desde 1984 até 2020, o que chega a quatrilhões de pixels. Isso levou bastante tempo para que as máquinas conseguissem processar os 20 petabytes (unidade que consiste em 1024 terabytes) dessas imagens em um “vídeo mosaico”, que é equivalente a 530 mil vídeos em 4K simultaneamente. O Google ainda ressalta que todo o procedimento foi realizado com energia limpa. Ao que é conhecido, o Timelapse no Google Earth é o maior vídeo do mundo. Usando as palavras do Google, “para criar isso foi necessária colaboração fora do planeta” e esperamos que eles estejam se referindo aos satélites… eles também agradecem todo o esforço e trabalho da NASA e os governos dos Estados Unidos e União Europeia.
O que fazer com o Timelapse?
Uma das intenções e talvez a melhor possível é utilizar a ferramenta como aprendizado. Que as escolas e faculdades possam aproveitar desse mecanismo para evidenciar aos estudantes a necessidade de manter o planeta limpo e protegido, para que, quem sabe, na próxima grande atualização do Google Earth, o Timelapse mostre não mais uma regressão na imagem atual do mundo, mas sim um planeta Terra cheio de florestas, azul e com mais esperança. Além de possuir um site dedicado para introduzir a nova ferramenta (em inglês), também há a possibilidade de conferir tudo através do próprio site do Google Earth (em português). Veja abaixo o vídeo de lançamento do Timelapse no Google Earth: Além da atualização do Google Earth, confira também como o Google Maps inclui realidade aumentada em ambientes internos. Fonte: Tech Crunch e Google.