A abertura do Microsoft Ignite 2021
O evento teve início com uma keynote apresentada por Satya Nadella, CEO da Microsoft. Na introdução feita por Nadella, ele falou sobre como a pandemia acabou ocasionando uma segunda onda de migração digital e acelerando a necessidade de novas tecnologias para suplementar as novas necessidades que foram aparecendo durante esse período. Para Nadella, a tecnologia, para poder atender as demandas e continuar progredindo, precisa focar em 5 aspectos:
Processos de computação descentralizados;Soberania de informações e inteligência de ambiente;Criadores e comunidades empoderadas por todo o mundo;Oportunidades econômicas para a força trabalhista no mundo inteiro;Design confiável.
Com esses 5 focos, a tecnologia poderá avançar, e segundo Nadella a nuvem da Microsoft já está focando nessas frentes, e pensando em criadores e comunidades empoderadas, que a Microsoft anunciou o Microsoft Mesh.
Microsoft Mesh e a realidade mista
Os executivos da Microsoft descrevem o Microsoft Mesh como uma “nova plataforma de realidade mista dentro do Azure“, construída para criar um ecossistema em uma grande variedade de dispositivos. O Microsoft Mesh permitirá que os usuários visualizem e interajam com conteúdo de realidade mista em um único espaço virtual ou real. Mesh se baseia no trabalho que a Microsoft já fez em torno das âncoras espaciais do Azure Anchor, as ferramentas de renderização do Azure e a tecnologia de realidade virtual social AltspaceVR comprada pela Microsoft em 2017, além de também contar com informações de pesquisas internas de realidade mista. Na demonstração durante o Ignite, a holoportação foi mostrada, porém a versão disponível para testes públicos do Microsoft Mesh não irá contar com essa característica, pelo menos por enquanto. A holoportação permite que indivíduos com dispositivos de realidade mista, incluindo o HoloLens, vejam e interajam com participantes remotos em 3D como se estivessem presentes em seu espaço físico. O Mesh será compatível com o HoloLens 2 da Microsoft, além de uma variedade de headsets de realidade virtual, smartphones, tablets e PCs, segundo a empresa. Inicialmente, as pessoas irão aparecerão como avatares em experiências virtuais compartilhadas na plataforma, e com o tempo a holoportação estará disponível. Ainda mostrando a plataforma, uma demonstração agradou bastante: uma versão de Pokémon GO para o HoloLens. Nela, o usuário usando o HoloLens enxergava pelo mundo as criaturas de bolso mais queridas do planeta, e podia jogar pokebolas para capturar os monstros sem tocar em seu celular, tudo em um menu de contexto que aparece conforme o usuário mexe as mãos. Por hora, foi só uma demonstração, sem lançamento público. Segundo a Microsoft, o trabalho e pesquisas de realidade mista que a empresa vem fazendo ao longo do tempo em áreas como detecção de mãos e olhos e a criação de hologramas persistentes junto dos modelos de IA que podem criar avatares “expressivos” é o que permite o Mesh começar a ser realidade. O Microsoft Mesh foi criado no Azure e usa vários dados dele, como IA e serviços de realidade mista, e armazena conteúdo holográfico na nuvem do Azure também. A Microsoft planeja, nos próximos meses, oferecer aos desenvolvedores um pacote de ferramentas baseadas em IA para tarefas como a criação de avatares, gerenciamento de sessão, renderização espacial e sincronização entre vários usuários. Os clientes já podem baixar os dois primeiros aplicativos construídos na plataforma Mesh: O aplicativo Microsoft Mesh para HoloLens, que permite aos membros da equipe colaborar remotamente; e uma versão atualizada do AltspaceVR, que já tem compatibilidade com o Mesh. A Microsoft também está incentivando desenvolvedores tanto dentro quanto fora da empresa para disponibilizar suporte ao Mesh em outros aplicativos e integrá-los ao Teams e Dynamics 365. Acompanhe todas as notícias do Microsoft Ignite aqui no Showmetech.