A pesquisa encabeçada pela agência espacial americana mostra, através de dados de satélites, que o fenômeno aconteceu durante todo o período que foi analisado, de 1992 a 2008, quando houve um ganho líquido de 112 bilhões de toneladas de gelo. Inclusive desafia outros estudos, como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC 2013), que dizia que o continente estava sendo prejudicado pelo aquecimento global.
A descoberta não significa, porém, que não exista o aquecimento global, só refuta a ideia de que ele contribua para derreter as calotas polares aumentando o nível dos oceanos, pois segundo a Nasa, devido a esse ganho de gelo, o nível dos oceanos é diminuído em 0,23 mm por ano – cerca de meio centímetro em 20 anos. “Estamos essencialmente de acordo com outros estudos que mostram um aumento no derretimento de gelo na região da Península Antártida, em Pine Island e Thwaites, que ficam localizadas na parte ocidental”, disse Jay Zwally, glaciologista da NASA e principal autor do novo estudo, que afirma que “nossa principal discordância se refere à Antártida Oriental e o interior da Antártida Ocidental. Nestes espaços foi possível vermos um ganho de gelo que excede as perdas nas outras áreas”. Ou seja, o ganho de gelo não é uniforme, pois a Antártida funciona da seguinte maneira: parte do gelo que é despejado no mar, quando grandes blocos se desprendem, derrete lentamente e volta em forma de chuva. Se houvesse mais gelo saindo do que entrando, teríamos um problema, mas felizmente, esse não é o caso. Ainda bem. Via: geek