Ressaltamos que nossa listagem não está em um ranking pré-determinado (como em um Top 20), mas em ordem alfabética, sem categorização específica. Confira:
Bangai-O
Nota no Metacritic: N/A | Lançamento: 3 de setembro de 1999 (somente no Japão) A Treasure produziu três jogos para o Nintendo 64 e os três são de qualidade ímpar. Um deles, Bangai-O, é a criança surgida do amor por antigos shooters bullet hell dos arcades e computadores japoneses (como os da NEC) e por animes/mangás de robôs gigantes, trazendo quarenta e quatro níveis distintos e recheados de uma deliciosa destruição caótica. Sendo lançado no Ocidente apenas em sua versão para o DreamCast, a edição de Nintendo 64 ficou restrita ao Japão, mas isso não a torna menos especial ou inferior.
Conker’s Bad Fur Day
Nota no Metacritic: 92 | Lançamento: 4 de março de 2001 Não determinamos um ranking específico, mas a definição de Conker’s Bad Fur Day logo no primeiro lugar seria por um critério objetivo: a Rare é muitas vezes considerada a melhor desenvolvedora do Nintendo 64, não? Conker, por sua vez, é a magnum opus do estúdio. Assim, faria completo sentido ser o melhor da lista. A verdade é que Conker’s Bad Fur Day é uma relíquia que nos faz pensar “onde a Nintendo estava com a cabeça?” quando permitiu que o esquilinho e seu teor controverso chegasse em seu console. Independentemente, a aventura do roedor ainda traz um gameplay extremamente sólido e diverso, o que faria ainda mais jus à sua hipotética posição na lista de melhores jogos de Nintendo 64.
F-Zero X
Nota no Metacritic: 85 | Lançamento: 30 de setembro de 1998 Mario Kart pode receber todos os holofotes dentre os jogos do N64, mas ele tem um primo rebelde que gosta de heavy metal e esportes radicais. F-Zero X é outro game de corrida que começou no Super Nintendo e alcançou uma nova velocidade máxima ao explorar a capacidade do Nintendo 64 em pistas onde enfrentamos competidores agressivos e dispostos a fazer de tudo para que nosso veículo exploda ao batermos, sem querer, em uma barreira ou em outro corredor.
GoldenEye 007
Nota no Metacritic: 96 | Lançamento: 25 de agosto de 1997 GoldenEye 007 é importante não só porque sua qualidade indidivual o coloca entre os melhores jogos de Nintendo 64, mas porque essa qualidade apresentou aos jogadores de consoles um mundo novo de possibilidades em jogos de tiro que, até então, apenas o PC tinha experimentado com títulos como Quake e Doom. Inclusive, o FPS exclusivo da plataforma ajudou a pavimentar a cena multiplayer de shooters que vieram depois, com Call of Duty, por exemplo. Além disso, o modo single player também era interessante porque, mais do que uma simples adaptação linear do filme original, tomou várias liberdades criativas para que pudesse aproveitar com melhor propriedade as características da mídia interativa que são os videogames.
Harvest Moon 64
Nota no Metacritic: 78 | Lançamento: 30 de novembro de 1999 Harvest Moon 64 é o favorito do criador da franquia, Yasuhiro Wada, e não é por acaso. Tendo se envolvido mais nesse do que em outras iterações até então, HM64 é um dos mais aconchegantes games de Nintendo 64. Sua atmosfera singular conseguia até mesmo deixar os inúmeros bugs presentes em segundo plano. Ele também ganha na sua simplicidade: quando os games estavam cada vez mais elaborados, Harvest Moon 64 surge com uma proposta simplista e até minimalista, sendo lembrado com muito carinho por aqueles que tiveram a oportunidade de jogá-lo.
Mario Kart 64
Nota no Metacritic: 83 | Lançamento: 10 de fevereiro de 1997 Embora Super Mario Kart, no Super Nintendo, já tivesse sido um sucesso, foi entre os jogos do N64, com Mario Kart 64, que a franquia se estabeleceu de vez como o principal spin-off do encanador. A proposta natural do console para o multiplayer com até quatro pessoas favoreceu demais o título. Além disso, a possibilidade de colocar alguns elementos na pista em 3D (ao invés da impressão falsa gerada pelo Mode7) faz com que MK64 se sustente ainda como um dos principais da série e um dos jogos mais legais do Nintendo 64.
Trilogia Mario Party
Mario Party: Metacritic 79 | Lançamento: 8 de fevereiro de 1999Mario Party 2: N/A | Lançamento: 17 de janeiro de 2000Mario Party 3: Metacritic 74 | Lançamento: 6 de maio de 2001 Ter que criar vários minigames para preencher uma coletânea não é nenhuma reinvenção da roda. O que Mario Party faz de tão especial foi a maneira como trouxe uma dinâmica acerca deles com a história de praticamente criar um jogo virtual de tabuleiro — ou melhor, vários, já que cada uma das arenas tem suas próprias regras. Ainda hoje, os três Mario Party originais são a cereja que cimenta o Nintendo 64 como uma excelente plataforma para a jogatina local, vulgo gênero dos party games, fazendo a trilogia ser composta por três dos jogos mais legais do Nintendo 64. Estão também entre os melhores jogos multiplayer do console.
Mischief Makers
Nota no Metacritic: N/A | Lançamento: 1 de outubro de 1997 Costuma-se falar muito da Rare, mas se existe alguma empresa que, ao contrário da desenvolvedora de Goldeneye, teve um combo perfeito por produzir alguns dos melhores jogos de Nintendo 64 foi a Treasure. Mischief Makers é uma obra-prima divertidíssima, repleta de bagunça e ambientada em um estilo plataforma 2.5D em um console no qual criar ambientes completamente tridimensionais era a norma. Aliás, esse é justamente um dos motivos de sua recepção inicial ter sido tão morna, visto que esses sidescrollers, naquele momento, pareciam completamente ultrapassados em detrimento dos novos mundos low-poly que estavam surgindo. Paciência.
Paper Mario
Nota no Metacritic: 93 | Lançamento: 5 de fevereiro de 2001 No fundo, o que se queria era criar uma sequência de Super Mario RPG, do SNES, mas Paper Mario consegue trazer luz própria ao trazer uma dinâmica que explora a natureza tridimensional inerente ao console ao insistir em brincar com uma estética bidimensional própria. Trata-se de um RPG bastante interessante e com uma história que, naquela época, era bastante incomum para o encanador, trazendo cutscenes que exploram os pontos de vista do vilão e da princesa enquanto sequestrada.
Perfect Dark
Nota no Metacritic: 97 | Lançamento: 22 de maio de 2000 Embora não tão badalado quanto o jogo de James Bond, Perfect Dark serviu como a sequência espiritual perfeita, aprimorando o antecessor em absolutamente todos os aspectos no que diz respeito a oferecer uma sólida experiência em jogo de tiro no console. Lançado em 2000, o aventuresco shooter foi uma das maiores e mais ambiciosas produções para o console até então, utilizando os limites do expansion pak para oferecer uma experiência memorável, notoriamente aprimorada e até mais profunda do que a de GoldenEye.
Pokémon Snap
Nota no Metacritic: 77 | Lançamento: 30 de junho de 1999 No fundo, Pokémon Snap é um shooter on rails disfarçado no qual, em vez de atirar nos Pokémon, nossa arma é uma câmera fotográfica. É muito interessante pensar que, com o sucesso de Pokémon, uma série de ideias aleatórias foram surgindo com o intuito de arrecadar mais uns trocados com a franquia. Snap representa essa ideia ao trazer um game inspirado pela aparição única de um personagem específico no anime viciado em tirar fotos dos monstrinhos em questão. A premissa, entretanto, se tornou incrível na prática, o que inclusive resultou na formação de uma fanbase específica que, por anos, clamou por uma sequência até que ela chegasse ao Switch.
Pokémon Stadium 2
Nota no Metacritic: 78 | Lançamento: 28 de março de 2001 Pokémon veio no Game Boy em um modelo de combate por turnos ilustrados por sprites completamente estáticos. Assim, a produção de um simulador de batalhas tridimensionais era o auge gráfico que a franquia atingiria na época, reproduzindo “realisticamente” — até onde era possível para a época, obviamente — os combates que assumiam um tom ainda mais grandioso. Pokémon Stadium 2, o segundo game da série Stadium (terceiro no Japão), é o ápice dessa ideia do Nintendo 64 e ainda conta com vários minigames divertidíssimos que todo mundo concorda ser a verdadeira alma do título.
Sin and Punishment
Nota no Metacritic: n/a | Lançamento: 21 de novembro de 2000 (somente no Japão) Todo mundo conhece a história de Sin and Punishment, não é? Nunca lançado oficialmente por essas bandas, o Ocidente só foi conhecer o game duas gerações depois, no Virtual Console do Wii, aparelho que inclusive foi lar de sua sequência. Trata-se de um impiedoso shooter on rails da Treasure que trazia gráficos surpreendentes para a sua época e uma jogabilidade fluida que se sobressaía à precária alavanca analógica do Nintendo 64.
Star Fox 64
Nota no Metacritic: 88 | Lançamento: 1 de julho de 1997 Entre um meme e outro, Star Fox 64 é um shooter de nave bastante sólido até os dias de hoje, trazendo uma campanha rápida cuja trajetória do jogador vai dependendo do seu desempenho e dos caminhos escolhidos ao longo das fases jogadas. Também está entre os melhores jogos de Nintendo 64 e é pioneiro no uso do Rumble Pak, periférico de vibração atrelado ao console e que respondia de acordo com o que acontecia na tela.
Super Mario 64
Nota no Metacritic: 94 | Lançamento: 26 de setembro de 1996 Super Mario 64 foi o cartão de visitas para o Nintendo 64, sendo extremamente objetivo em sua premissa básica de entrar em fases e coletar as estrelas. O título é a definição básica de um platformer em terceira dimensão, trazendo um design de mundo extremamente consistente, com fluxo e estrutura de jogo tão fluidos que ainda é um dos favoritos dos streamers para se jogar em live.
Super Smash Bros.
Nota no Metacritic: 79 | Lançamento: 26 de abril de 1999 Foi aqui que tudo começou. Depois de crossovers de sucesso no mundo dos games, como The King of Fighters e a série Vs. da Capcom, chegou a vez da Nintendo trazer essa ideia de misturar várias marcas diferentes à tona, mas do seu próprio jeito. Assim surgiu Super Smash Bros., a primeira reunião das suas propriedades intelectuais em um estilo de jogabilidade até então único para até quatro jogadores em simultâneo e que andava na contramão do que era o modelo clássico para qualquer jogo de luta, basicamente consolidando o conceito de party brawler.
The Legend of Zelda: Majora’s Mask
Nota no Metacritic: 95 | Lançamento: 25 de outubro de 2000 Ocarina of Time pode ter revolucionado a indústria de games quando foi lançado no Nintendo 64, mas isso não significa que, com o aprendizado, ele não possa ser superado. Pois bem, foi isso o que The Legend of Zelda: Majora’s Mask fez, trazendo um formato relativamente experimentalista, especialmente para uma franquia tão tradicional. O jogo se baseia na corrida contra o tempo para impedir que a lua atinja Termina, uma Hyrule alternativa. Houve liberdade criativa em sua concepção, o que permitiu que Majora’s Mask alcançasse um voo ainda mais alto e se tornasse com facilidade não só um dos melhores jogos do N64, mas também da história
The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Nota no Metacritic: 99 | Lançamento: 23 de novembro de 1998 A indústria de games deveria se dividir em duas eras distintas AO e DO — Antes de Ocarina e Depois de Ocarina. Enquanto os primeiros anos da dita indústria lidando com ambientes verdadeiramente tridimensionais foram cheios de testes e experimentações, The Legend of Zelda: Ocarina of Time chegou para consolidar, de fato, os rumos da indústria a partir dele, oferecendo um mundo vastamente explorável para a época e uma gama de mecânicas ainda reproduzidas na indústria até os dias de hoje, como a trava de mira. Ele não é só um dos melhores jogos de Nintendo 64, mas também um dos melhores de toda a história do entretenimento eletrônico.
Wave Race 64
Nota no Metacritic: 92 | Lançamento: 1 de novembro de 1996 O Nintendo 64 foi relativamente bem servido de jogos de simulação de esportes radicais, com Excitebike 64 e 1080º Snowboarding. O melhor deles, entretanto, é Wave Race 64, game de jet-ski desenvolvido pela própria Nintendo, provavelmente para explorar as capacidades do aparelho em reproduzir física de água. Wave Race o fez com maestria, algo, que, inclusive, vários títulos modernos ainda não se saem bem nesse quesito. É óbvio que ele é bem mais do que uma demo gráfica, visto que a jogabilidade não deixa a desejar e é extremamente divertida também.
WWF No Mercy
Nota no Metacritic: 89 | Lançamento: 17 de novembro de 2000 WWF No Mercy é considerado não só um dos melhores games de Nintendo 64, mas também um dos melhores simuladores de luta livre “pastelão” da história. O título licenciado da WWE é surpreendente por exigir não só técnica bruta dos jogadores, mas paciência e tática. Além disso, o elenco robusto conta muitos pontos positivos e é um excelente representante para um console com uma representação relativamente escassa de games de luta — o mercado vivia uma ressaca forte dos anos 90 e estava saturado deles naquele momento, então chega a ser até que compreensível o motivo.
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