O que é um remake?
Com o tempo, as definições a respeito de certos relançamentos e reconstruções foram ficando cada vez mais nebulosas. Assim, para todos os efeitos na concepção desta lista, serão considerados remakes jogos construídos com um motor de jogo diferente do utilizado na edição original, o que implica um trabalho maior de reconstrução do que a simples adaptação entre plataformas e estilos gráficos — como seria o caso de uma remasterização. Como poderá ser observado, há vários casos específicos a serem considerados, mas sua presença será justificada na lista por conta de seus fatores únicos que enquadrarão certos jogos como jogos remakes propriamente ditos.
Castlevania: The Adventure ReBirth
Castlevania: The Adventure foi lançado originalmente para o Game Boy e trazia Christopher Belmont em uma jornada — como você poderia imaginar — para derrotar Drácula. Embora o título portátil original não tivesse sido bem recebido na época, seja por conta de alguns sistemas limitados em comparação aos jogos de console da série, seja pela dificuldade excessivamente desequilibrada até para os padrões da franquia, ele chegou a receber um remake completo para o WiiWare. Para os que não se lembram bem, o WiiWare foi uma subdivisão do Virtual Console do Nintendo Wii que trazia jogos digitais especialmente desenvolvidos para o aparelho, ao contrário dos títulos de retrogaming disponíveis na loja virtual. Assim, Castlevania: The Adventure ReBirth fez um bom trabalho ao resgatar as origens da franquia, sendo uma boa pedida já em 2008 — quando ele foi lançado — até hoje — quando a série permanece em hibernação nos porões da Konami. Castlevania: The Adventure foi lançado originalmente para Game Boy em 1989. Castlevania: The Adventure ReBirth, por sua vez, foi lançado digitalmente para o Wii (através do WiiWare) em 2009.
Demon’s Souls
Há quem diz que a influência de Dark Souls na indústria hoje chega ao ponto de conseguir criar e consolidar um gênero próprio. No entanto, é importante ressaltar que seu estilo imperdoável de jogabilidade característica — que envolve decorar padrões e se adequar a controles cujo manejo nem sempre está perto do que seria o ideal para qualquer produto — já tinha sido colocado em prática antes. No caso, trata-se de Demon’s Souls que, dada a sua importância, foi refeito para o PlayStation 5 como uma forma de resgatar as origens da marca, que até então estavam presas no PlayStation 3 como única plataforma jogável. Produzido pela mesma equipe responsável pelo remake de Shadow of the Colossus, o remake de Demon’s Souls leva em consideração os eventuais erros que a metassérie Souls acabou cometendo ao longo do tempo e os utiliza para aprimorar esta nova experiência única. Demon’s Souls foi lançado originalmente para PlayStation 3 em 2009. O seu remake, por sua vez, foi lançado para PlayStation 5 em 2020.
Final Fantasy III e Final Fantasy IV
Tanto Final Fantasy III quanto Final Fantasy IV receberam dois excelentes remakes no Nintendo DS ao ponto de se aterem fiéis o suficiente quando comparados aos originais. Mas ainda aprimoraram toda a experiência para logo tornarem datados seus antecessores diretos no que diz respeito aos sistemas e a apresentação — mesmo sendo um portátil, o visual apresentado por ambos os títulos utilizou um estilo gráfico que até hoje consegue se mostrar agradável aos eventuais jogadores. No caso de Final Fantasy III, especificamente, chama a atenção o fato de que o título do Famicom (o NES japonês) nunca tinha sido lançado no ocidente até então, sendo este o primeiro contato oficial com o jogo, que só foi chegar em sua forma original recentemente, em uma edição remasterizada para o PC. Ambos os remakes, entretanto, deram as caras em diversas plataformas distintas após o lançamento original no DS, como dispositivos móveis (iOS e Android), PC e, no caso do terceiro jogo, PSP. Final Fantasy III foi lançado originalmente para o Famicom, em 1990, apenas no Japão. O seu remake, por sua vez, foi lançado para o Nintendo DS em 2006 (chegando nas demais plataformas posteriormente). Final Fantasy IV foi lançado originalmente para SNES em 1991. Já seu remake foi lançado para o Nintendo DS em 2008 (chegando nas demais plataformas posteriormente).
Final Fantasy VII Remake
Final Fantasy VII é um dos jogos mais importantes da história devido à abordagem diferenciada em sua narrativa e à exploração plena dos recursos do sistema para o qual foi produzido na época, no caso, o PlayStation original. Diante de tamanha importância para a indústria, um remake foi por muitos anos especulado. Quando enfim foi anunciado, foram vários anos em produção — e uma produção bem problemática, ressalta-se — até finalmente vir a público bem no auge da pandemia de COVID-19, em abril de 2020. Dito isso, o jogo levou a proposta do remake completamente a sério — muito provavelmente para não tirar o valor do original — ao trocar, inclusive, o sistema de batalha, se aproveitando de uma jogabilidade mais voltada à ação do que ao tradicional RPG de turnos. Ainda, a história recebeu uma considerável revitalizada, considerando que a edição que chegou ao mercado cobre apenas o arco de Midgar, o equivalente a mais ou menos um quarto do jogo base de 1997. Final Fantasy VII foi lançado originalmente para PlayStation em 1997. Final Fantasy VII Remake, por sua vez, foi lançado para PlayStation 4 em 2020 e para PlayStation 5 e PC em 2021.
Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia
Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia é o típico remake bem-vindo por se tratar de uma releitura de Fire Emblem Gaiden, que nunca havia dado as caras no Ocidente. Tendo isso em vista, a reimaginação do segundo título da série foi o primeiro contato dos jogadores com a aventura protagonizada por Celica e Elm, que antes só estava disponível para o Famicom (o NES japonês) e, como um remake de respeito, modernizou uma série de mecânicas para um sistema consideravelmente mais potente e moderno, o Nintendo 3DS. Dentre as principais novidades estão: a participação estendida da maior parte das unidades — que mal tinham linhas de diálogo no original —, a atualização das dungeons do jogo para ambientes tridimensionais, além da modificação de certos sistemas do game original para uma jogabilidade mais dinâmica. Fire Emblem Gaiden foi lançado originalmente para o Famicom em 1992. Seu remake, Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia, por sua vez, foi lançado para o Nintendo 3DS em 2017.
Black Mesa (de Half Life)
Black Mesa chama bastante atenção por um motivo simples: trata-se de um remake feito por fãs utilizando o motor de jogo Source, desenvolvido pela Valve, e que serviu como uma resposta a Half Life: Source, o port produzido pela empresa em questão para a mesma engine, mas que acabou não fazendo jus ao original. O projeto começou em meados dos anos 2000 apenas com alguns esforços independentes e despretensiosos. Entretanto, ele chamou a atenção da Valve, que foi sempre muito amigável às iniciativas dos fãs e jogadores no que diz respeito a modificações de seus jogos e acabou oferecendo suporte para o seu desenvolvimento, que só foi concluído em 2020. Half-Life foi lançado originalmente para PC em 1998. Já Black Mesa teve seu lançamento final para PC apenas em 2020.
Mafia: Definitive Edition
Mafia: Definitive Edition é mais um remake produzido como uma forma de revitalizar o original após sua sequência ter feito infinitamente mais sucesso. Assim, considerando a força da marca que veio crescendo com os anos, foi natural recriar o primeiro jogo da série e apresentá-lo a um novo público que só veio a conhecer a marca nos últimos anos. Assim, aproveitou-se o motor de jogo de Mafia III para construir Mafia: Definitive Edition do zero, trazendo novas localidades ao mapa. Embora não seja um game de mundo aberto propriamente dito, pois restringe o progresso de acordo com as missões, o jogo conta com uma modalidade separada que permite a exploração livre — e sistemas mais elaborados e de acordo com a indústria atual. Mafia foi lançado originalmente para PC em 2002. Mafia: Definitive Edition, por sua vez, foi lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2020.
Metal Gear Solid: The Twin Snakes
Lembra-se da Silicon Knights? Aquela mesma, que faliu por não entregar um produto a uma qualidade minimamente decente (Too Human), meter a culpa na Unreal e tomar um processo invertido porque a Epic, em retaliação, descobriu plágio no código do jogo em questão? Pois, antes de todo esse entrave jurídico, a empresa foi responsável por Metal Gear Solid: The Twin Snakes, que é uma recriação do game original protagonizado por Solid Snake em uma época em que a franquia ainda engatinhava. O primeiro Metal Gear Solid foi, na verdade, o terceiro jogo da série, mas isso não impediu que ele se destacasse (ao contrário dos anteriores) ao trazer uma intrincada narrativa que o colocou como uma referência no gênero stealth, ainda mais em um período de experimentação em que a indústria ainda aprendia a lidar com ambientações tridimensionais. Twin Snakes veio para revitalizar o título ao dar aquele costumeiro tapa visual e promover um balanceamento dos desafios, ajustando a IA e outros sistemas que contribuíram para tornar o game memorável (e minimamente jogável, sob determinados pontos de vista), embora a ausência de Hideo Kojima em sua produção coloque em xeque sua condição de versão definitiva. Metal Gear Solid foi lançado originalmente para PlayStation em 1998. Já Metal Gear Solid: The Twin Snakes foi lançado para o Nintendo GameCube em 2004.
Metroid: Samus Returns
Embora considerada um dos bastiões da Nintendo, ao lado de Super Mario e The Legend of Zelda, a série Metroid não é exatamente a primeira da lista no que diz respeito à prioridade concedida para o desenvolvimento de novos títulos. É por isso que cada novo lançamento é uma surpresa — tal como foi Metroid Dread —, e Metroid: Return of Samus, o remake de Metroid II: Samus Returns, foi uma extremamente grata. O título chegou em 2017 e foi um dos verdadeiros cantos de cisne do Nintendo 3DS ao trazer um retrabalho de excelência em comparação ao original, mas que ainda parecesse fresco sob a perspectiva do jogador moderno — graças a sua jogabilidade refinada aplicada às fases cujo design seguiu bastante fiel. Nota-se que este é o segundo remake da marca, uma vez que o GBA foi lar de Metroid: Zero Mission, remake de Metroid, o primeiro, para NES. Metroid II: Return of Samus foi lançado originalmente para Game Boy em 1991. Metroid: Samus Returns, por sua vez, foi lançado para Nintendo 3DS em 2017.
Nier Replicant Ver. 1.22474487139…
Embora fossem elogiados pela narrativa, atmosfera e efeitos sonoros, os jogos de Yoko Taro nunca receberam muita atenção da mídia por carecerem de uma jogabilidade consistente — o que fazia com que eles não fossem exatamente vendáveis do ponto de vista da Capcom. Com o sucesso absoluto de Nier: Automata, o Nier original — que já era um spin-off de Drakengard — ganhou uma nova oportunidade de brilhar ao trazer um sistema de batalha reformulado em um novo motor de jogo, além de trazer para o mundo todo a versão da história que até então tinha ficado restrita ao Japão. No caso, Nier Replicant Ver. 1.22474487139… é uma releitura aprimorada da versão japonesa para o PlayStation 3, protagonizada por um herói mais jovem, ao contrário do paizão brucutu da edição de Xbox 360, que o resto do mundo acabou recebendo como padrão. Além dos sistemas revisados, o jogo traz novas dungeons e um novíssimo fragmento de história que ajuda a complementar a já densa narrativa do título. Nier foi lançado originalmente para PlayStation 3 e Xbox 360 em 2010. Nier Replicant Ver. 1.22474487139…, por sua vez, foi lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2021.
Odin Sphere Leifthrasir
Odin Sphere foi originalmente lançado para o PlayStation 2 como uma sequência espiritual de Princess Crown, do Sega Saturn. Desenvolvido pela Vanillaware, ele foi revisitado quase uma década depois pela mesma empresa que, melhor estabelecida no mercado, quis revitalizar seu primeiro lançamento em uma recriação completa. Assim, Odin Sphere Leifthrasir vem à tona como um título de extrema expertise técnica, resultado de anos de aperfeiçoamento do estúdio entre o original e este remake, que produziu Muramasa: The Demon’s Blade e Dragon’s Crown no ínterim. O resultado é um jogo de ação bidimensional de excelência que traz toques de RPG e um belíssimo estilo gráfico visual bem característico do estúdio. Odin Sphere foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2007. Seu remake, Odin Sphere Leifthrasir, foi lançado para PlayStation 3, PlayStation 4 e PlayStation Vita em 2016.
Pokémon HeartGold & SoulSilver (e FireRed & LeafGreen)
Pokémon Heartgold & Soulsilver, os remakes da segunda geração de Pokémon encabeçada por Gold & Silver, são, até hoje, considerados supremos na franquia e estão no rol dos melhores remakes de games já produzidos. Com sistemas revisados e incorporando mecânicas como a divisão entre os ataques físicos e especiais, HGSS representam a modernização atemporal de dois clássicos do Game Boy Advance ao também incorporar elementos do terceiro game da série, Platinum. Já Pokémon FireRed & LeafGreen é a dupla remake de Red/Green (ou Red/Blue, no ocidente), os dois games originais da marca. Embora tragam conteúdo suficiente para se destacar (além dos visuais atualizados) e sigam a melhor alternativa para se aventurar por Kanto até hoje, a falta da divisão de certos sistemas implementados a partir da quarta geração acabam prejudicando o título. Ainda assim, trata-se de um produto mais redondo e completo do que os outros dois remakes da primeira geração: Let’s Go Pikachu & Let’s Go Eevee. Pokémon Gold & Silver foram lançados originalmente para Game Boy, em 1999, no Japão. Pokémon HeartGold e SoulSilver, por sua vez, foram lançados para Nintendo DS, em 2009, no Japão. Pokémon Red & Green foram lançados originalmente para Game Boy, em 1996, no Japão. Pokémon FireRed & LeafGreen, por sua vez, foram lançados para Game Boy Advance, em 2004, no Japão.
Project Zero 2: Wii Edition (de Fatal Frame 2)
Project Zero 2: Wii Edition é um remake completo de Fatal Frame II em cima do motor de jogo de Project Zero 4: Mask of the Lunar Eclipse. Embora lançado no Japão e na Europa, o título segue inédito nas Américas e traz mecânicas diferenciadas, como a perspectiva em terceira pessoa sobre o ombro do personagem controlado — herança provável de Resident Evil 4 e que já estava presente em Mask of the Lunar Eclipse — e mapas reformulados para fazer melhor utilização desse novo estilo de ponto de vista. Sendo encarado como uma versão aprimorada daquele que já era o melhor game da série Fatal Frame, Crimson Butterfly, o remake é uma obra-prima do terror no console da Nintendo (injustamente) estigmatizado por seus jogos infantis e controles de movimento. Considerando que Project Zero 4 era inédito no ocidente até pouco tempo e enfim receberá um lançamento oficial neste lado do globo, não seria surpresa caso Project Zero 2: Wii Edition recebesse uma nova oportunidade em um futuro próximo. Fatal Frame II: Crimson Butterfly foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2003. Project Zero 2: Wii Edition, por sua vez, foi lançado para Wii em 2012 no Japão, Europa e Oceania, permanecendo inédito nas Américas.
Resident Evil (e Resident Evil 2)
O remake de Resident Evil saiu menos de uma década após o título que lhe deu origem, mas a abordagem utilizada em sua concepção é tão singular que até hoje ele segue como a versão definitiva da primeira incursão da franquia de zumbis da Capcom, sendo que a edição original foi completamente descartada em seu detrimento. Trazendo uma atmosfera mais enxuta e adequada para a visão que a franquia foi assumindo até aquele momento (que estava em seu terceiro título numerado), ele é um exemplo de execução técnica no que diz respeito a desenvolvimento de jogos, apresentando sistemas atualizados que não prejudicam as ideias por trás do design do primeiro, além de ser graficamente bonito até hoje — isto é, até onde jogos de zumbis podem ser agradáveis. Um pouco mais de quinze anos depois de tal remake e quase vinte desde o lançamento do jogo original, a sequência, Resident Evil 2, também recebeu uma reimaginação de respeito, agora com a vantagem de atualizar todos os sistemas levando em conta certos rumos que a série tomou nos últimos anos. O terceiro jogo da franquia também foi refeito, mas o corte de alguns recursos do original acabou pesando negativamente, se comparado ao impecável remake do segundo. Resident Evil foi lançado originalmente para PlayStation em 1996. O seu remake, por sua vez, foi lançado para GameCube em 2002 (antes de chegar em demais plataformas posteriormente). Resident Evil 2 foi lançado originalmente para PlayStation em 1998. O seu remake, por sua vez, foi lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC em 2019 (antes de chegar em demais plataformas posteriormente).
Shadow of the Colossus
Shadow of the Colossus surgiu da ideia de produzir uma versão definitiva do jogo original, que já tinha passado por um processo de remasterização logo na época de seu lançamento. Isso significaria em refazer o título no intuito de reduzir ao máximo os impeditivos técnicos que o time de desenvolvimento teve durante o planejamento da edição base, se aproveitando de um hardware notoriamente mais potente e, assim, conseguindo colocar em prática todas as ideias da concepção do título. Embora ainda siga utilizando o mesmo código-fonte, a Sony insiste que o trabalho incutido nesta última edição de Shadow of the Colossus é o de um remake por ter ocorrido um trabalho completo de produção dos assets, além de sanar alguns dos tropeços técnicos do original e adicionar um novo modo de jogo. Talvez, o que se esperasse para este remake fosse uma produção ainda maior, mas o quanto é possível mexer em um produto que já é tão consagrado do jeitinho que ele já é? Shadow of the Colossus foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2005. Já o seu alegado remake foi lançado para PlayStation 4 em 2018.
Star Fox 64
Algo que ninguém senta e pensa por um momento é que Star Fox 64 poderia ser facilmente encarado como um remake velado e informal do Star Fox original do SNES, uma vez que ele traz literalmente a mesma linha narrativa e proposta, mas revitalizado para um novo sistema mais robusto em um motor de jogo próprio, com novos recursos que obviamente só fariam sentido em uma reconstrução livre, como é o caso. Inclusive, ninguém dá muita bola para o título original do Super Nintendo ao citar a franquia, tomando, esta edição do 64 como uma das principais referências para jogo de nave tridimensional. Star Fox 64, inclusive, recebeu um port para o Nintendo 3DS como uma forma de testar o hardware do então novo sistema portátil da Nintendo. Inclusive, é possível dizer que Star Fox Zero, do Wii U, ainda é mais um remake velado do original, embora ninguém realmente tenha gostado desse aí, vale uma menção honrosa. Star Fox foi lançado originalmente para SNES em 1993. Star Fox 64, por sua vez, foi lançado para Nintendo 64 em 1997 (antes de chegar em outras plataformas).
Story of Seasons: Friends of Mineral Town
Harvest Moon: Back to Nature foi um clássico do PlayStation original e que foi adaptado para o Game Boy Advance no simpático Harvest Moon: Friends of Mineral Town, que embora mais simples graficamente, trazia os mesmos cenários e personagens do original. Mais de uma década depois, a Marvelous, atual dona da propriedade intelectual — que precisou ser renomeada para Story of Seasons por uma questão de litígio com a Natsume, então responsável pela publicação da marca no ocidente — produziu Story of Seasons: Friends of Mineral Town para o Nintendo Switch. Ostentando um visual tridimensional muito mais próximo ao que tinha sido produzido no PlayStation, a experiência bucólica de receber uma fazenda em frangalhos e restaurá-la em sua glória se mantém irretocável, unindo o sentimento de nostalgia de estar jogando um título clássico, mas com uma nova roupagem e ajustes de jogabilidade que tornam a experiência ainda mais prazerosa. Harvest Moon: Friends of Mineral Town foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2003. Story of Seasons: Friends of Mineral Town foi lançado para Switch em 2019 (antes de chegar nas demais plataformas).
The Last of Us Part I
Este é bastante controverso porque acendeu a discussão a respeito da necessidade imediata de se fazer remakes de jogos relativamente recentes, mesmo que outros exemplos dessa lista tenham recebido suas próprias reimaginações com pouco tempo de mercado. Afinal, The Last of Us precisava de um remake? Ainda, essas modificações demonstram um avanço tecnológico suficiente que justificariam as modificações em uma obra considerada tão sacra pela indústria? O que importa é que The Last of Us é um dos títulos de maior importância dos últimos tempos. Seu relançamento em 2022, mais do que atualizar seus controles, teve como finalidade alinhá-lo com os sistemas de sua sequência a fim de trazer integridade e fazer com que as duas partes, na verdade, sejam uma só grande obra. The Last of Us foi lançado originalmente para PlayStation 3 em 2013. Seu remake, por sua vez, foi lançado para PlayStation 5 em 2022.
Xenoblade Chronicles Definitive Edition
Embora muitas vezes considerado uma remasterização, é válido ressaltar que Xenoblade Chronicles: Definitive Edition utilizou um motor de jogo diferente do original do Wii, o que o classificaria como um remake deste que é facilmente um dos principais RPGs japoneses dos últimos vinte anos. Além de recriar com maestria a sua intrigante narrativa original, seu vasto e imersivo mundo de jogo e seu sistema de combate dinâmico, um epílogo inédito que já estava planejado para o lançamento original em 2009 no Japão, mas que ficou de fora por motivos técnicos, foi adicionado para tornar a experiência ainda mais completa e, como seu nome bem diz, definitiva. Xenoblade Chronicles foi lançado originalmente no Wii em 2009 (no Japão). E seu remake foi lançado para o Nintendo Switch em 2020.
Yakuza Kiwami (e Yakuza Kiwami 2)
Kiwami é uma palavra japonesa que costumeiramente traduzida como “Extremo” — e é bem assim que Yakuza Kiwami pode ser descrito. Utilizando o motor de jogo produzido para Yakuza 0, título que serviu para reenergizar a franquia que até então estava caindo em ostracismo, Yakuza Kiwami é a recriação do primeiro Yakuza, lançado originalmente para o PlayStation 2 em 2005. Kiwami, então, revitaliza o combate para um sistema mais atual, além de trazer melhorias gráficas e outros sistemas que dão maior importância a personagens secundários, como é o caso de Goro Majima. Com o sucesso do primeiro remake, o segundo jogo da série também foi refeito no intuito de, aos poucos, tornar toda a franquia acessível em plataformas modernas —Yakuza 3, 4 e 5 receberam um tratamento de remasterização logo em seguida. Yakuza foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2005. Yakuza Kiwami, por sua vez, foi lançado para PlayStation 4 em 2002 (antes de chegar nas demais plataformas). Já Yakuza 2 foi lançado originalmente para PlayStation 2 em 2006, enquanto Yakuza Kiwami 2 foi lançado para PlayStation 4 em 2017 (antes de chegar nas demais plataformas). Veja também: Ainda em dúvida sobre o que faz um remake ou remaster? Confira nosso guia sobre o assunto! Fonte: Den of Geek.