Claro que nem toda tecnologia e novidade deve ser implementada, é preciso primeiro entender quais dessas inovações realmente são dignas de atenção e qual delas vão garantir um retorno no investimento. Uma das tecnologias que vem sendo usada há um tempo e com resultados positivos é a de Realidade Aumentada (AR). Esta tecnologia pode ser implementada em diversas áreas do varejo, inclusive na compra, onde o consumidor pode ter uma ideia do produto que deseja comprar através de um modelo virtual e de ferramentas que permitem que ele possa “provar” os produtos, mesmo à distância. Ela vem sendo estudada desde 2000, mas na época a tecnologia ainda não estava avançada o suficiente para que os estudos avançassem com rapidez. Muitas dessas limitações já foram superadas, com isso o avanço no desenvolvimento de técnicas utilizando a Realidade Aumentada vem sendo bem vista. Muitas empresas como a Apple, Google e Microsoft já trabalham com navegação interna em lojas baseada em RA, abrindo possibilidades para muitos varejistas.
As vantagens da realidade aumentada para os varejistas
Um dos usos para tecnologias baseadas em realidade aumentada é a navegação em tempo real por uma loja. Muitos consumidores frequentemente se encontram perdidos em lojas grandes, principalmente quando vão no intuito de comprar algo que viu em um anúncio. Encontrar a parte na loja que vende aquele item em particular pode demandar muito tempo, e a tecnologia entra simplificando essa busca. Em uma pesquisa de Tecnologia de Varejo para Consumidores feita pela A.T. Kearney em 2019, 61% das pessoas entrevistadas afirmaram que uma tecnologia que seja capaz de diminuir o tempo de procura por um item em uma loja seria bastante valiosa. Isso ajuda os consumidores não apenas a ganhar tempo, os deixando felizes, e consumidores felizes significa fidelidade. O uso da navegação em tempo real pela loja combinado com um catálogo virtual recheado com ofertas personalizadas pode se tornar uma aposta valiosa e garantir muito mais do que apenas evitar a perda de tempo.
Uma visão mais abrangente da navegação interna
As tecnologias de navegação não são uma novidade, visto que muitos aplicativos já utilizam o GPS para dar direções e caminhos. Uma navegação bem sucedida é aquela que fornece ao usuário uma forma rápida e precisa de chegar ao seu destino final, e depende bastante da precisão para a identificação da posição inicial do usuário. Em locais abertos e caminhos longos ainda é aceitável que a posição exata durante a navegação varie alguns metros. Porém, em um local fechado, isso pode afetar o processo. Os desafios de se usar uma tecnologia de localização em locais fechados são vários. Um deles é que os sinais de GPS geralmente ficam mais distorcidos em ambientes fechados, e isso dificulta ainda mais a localização precisa. Hoje em dia ainda existem algumas soluções que os varejistas podem dispor para reverter essa situação. Todas contam com limitações, mas a que mais promete resultados positivos e superar esses limites é a de RA. Bluetooth com sinalizadores de baixa energia A tecnologia de Bluetooth vem sendo implementada pelos shoppings centers há muito tempo. Ela surgiu como uma solução para marketing de proximidade, porque os sinalizadores podem detectar um dispositivo próximo e enviar ofertas e códigos. Essa solução é cara, pois uma loja grande de departamento precisaria de cerca de 1.000 sinalizadores, devido à necessidade de 3 ou mais sinalizadores a cada 10 metros para uma maior precisão de localização. Além disso, é necessária uma troca de bateria constante, o que traria ainda mais despesas. O novo Bluetooth 5.1 ainda é capaz de trazer soluções mais aprimoradas e com mais precisão, sendo mais econômica, mas é preciso atualizar toda a infraestrutura de hardware para adotar esse novo protocolo. Sistema de posicionamento Wi-Fi (WPS) Essa solução usa o posicionamento via Wi-Fi, com precisão de 5 a 15 metros, mas depende de muitos fatores. Com ela, os empresários podem oferecer informações de mapas e layout de suas lojas para que os visitantes saibam onde estão e por onde estão passando. Para isso, é preciso selecionar o piso em que o usuário se encontra. Com a chegada do Bluetooth 5.1, essa tecnologia também começa a ganhar melhorias. O protocolo Wi-Fi RTT oferece uma localização mais aprimorada, mas essa adoção ainda levará um tempo porque ele atualmente só é suportado por dispositivos Android Pie. Serviço de Posicionamento Visual (VPS) Essa plataforma de Sistemas de Posicionamento Visual tem esse nome porque é alimentada por uma tecnologia de visão computacional. Porém também está longe de ser perfeita. Isso porque ela tem algumas limitações de compatibilidade e o projeto inicial foi cancelado em 2018. Agora ele está sendo substituído pelo Google ARCore, que vem trazendo uma evolução para a tecnologia de realidade aumentada.
Posicionamento visual baseado em marcador
AR
Essa é a solução que mais parece positiva, pois consegue superar muitas fraquezas encontradas nas demais. Para começar, ela fornece um posicionamento ultra-preciso, e grandes empresas como o Google e a Apple já estão trabalhando para melhorar ainda mais as estruturas dos seus projetos de software com realidade aumentada. Com ela, é possível localizar um consumidor dentro de uma loja com centímetros de precisão, e até mesmo criar setas que o guiam pelo caminho certo, através da câmera dos smartphones. Já os marcadores podem ser colocados na loja como pôsteres na parede ou em pisos, ajudando a identificar a localização dos consumidores. A partir daí, basta selecionar o produto que se quer comprar e ele te dá as direções para chegar o mais rápido possível onde ele se encontra. Um ponto positivo é que com o passar do tempo o número de dispositivos habilitados para a realidade aumentada vem crescendo exponencialmente, principalmente os smartphones. Isso faz com que cada vez mais clientes possam usufruir dessa solução de plataforma AR. A realidade aumentada ainda é uma tecnologia em desenvolvimento, mas já traz soluções muito úteis e necessárias para que os varejistas possam utilizá-la com a certeza de um bom investimento. Fonte: iotforall