A pesquisa veio a público em abril do ano passado, quando estudiosos da Universidade de Michigan liderados pelo pesquisador de engenharia civil e ambiental, Herek Clack, mostraram que 99,9% dos vírus foram oxidados pelo reator de plasma, desabilitando seus mecanismos para entrar nas células. A ideia é que, em um futuro próximo, os reatores sejam utilizados em aviões justamente para evitar epidemias no mundo inteiro. Os pesquisadores liderados por Herek Clack estão desenvolvendo a tecnologia para ser usada na agricultura animal, mas esta também pode ser útil em lugares fechados, como em aviões.
Reator de plasma neutraliza, mas não mata os vírus
Curiosamente, não se sabe o porquê os plasmas não-termais conseguem neutralizar os vírus e nem o porquê as bactérias são mortas. Nos testes realizados, os vírus afetados permaneceram com seus DNAs intactos, mostrando que a tecnologia não tinha a habilidade de “destruí-los”, mas sim de incapacitá-los para infecção. Outro ponto de questionamento é sobre a resistência de cada tipo de vírus, já que eles são bem diferentes entre si. Os que transmitem tuberculose e sarampo, por exemplo, já são bem conhecidos por serem altamente contagiosos, enquanto um estudo recente provou que o vírus que transmite o influenza pode permanecer no ar por mais que uma hora, algo que até então os estudiosos achavam improvável.
Mais um desafio a ser superado
Para que o reator de plasma não-termal seja incluído em aviões, ainda é necessário estudar alguns pontos. Após o completo entendimento de como as transmissões funcionam, o reator de plasma poderá ser instalado em aviões e, desse modo, ser um promissor combatente de epidemias no mundo inteiro. Fontes: The Conversation, Michigan News, IOP Science