Se você não pode gastar com os topos de linhas ou com os intermediários premium da linha A, este é um modelo que deve atender todas as demandas de um usuário exigente. Mesmo que o seu processador não seja um dos melhores do mercado, o Snapdragon 450 executa muito bem as tarefas do dia a dia. Seu acabamento é bem feito e faz uma boa parceria com os seus 4 GB de memória RAM. Conto agora como ele se comportou no uso diário por mais de um mês com ele.

Design

Seu corpo se mostra bem resistente, com acabamento traseiro de policarbonato e nas laterais em alumínio, a sua construção passa um ar de um aparelho bem acabado e forte para as quedas. O acabamento das bordas arredondadas continuam brilhando mesmo num modelo intermediário da Samsung. O botão físico na parte frontal sumiu, deixando o Galaxy J8 com jeitão de aparelho topo de linha com tela infinita. Com seu corpo esticado e tela superAMOLED deixa o aparelho com um belo acabamento.

Hardware e Desempenho

Ter um aparelho bem completo com tela grande de 6 polegadas com 18.5;9 e apenas resolução HD, deixa muitos dos aficionados por séries e YouTube bastante chateados. Na hora de jogar, a pouca resolução também faz falta. Com um carregador que não é nem de 10W, fica bem demorado dar uma carga boa no aparelho na correria do dia a dia. Mas para quem só carrega o aparelho quando vai dormir, não sentirá tanto problema. Normalmente, ele se manteve com autonomia até o fim de um dia bem agitado. O leitor biométrico, localizado na traseira, abaixo das câmeras principais, ficou em uma posição bastante ergonômica, facilitando o desbloqueio quase que instantâneo do aparelho. Já o reconhecimento facial, poderia ser mais rápido, mas nada que atrapalhe. O modelo conta com uma novidade interessante, o dual-SIM (não híbrido) que permite 2 SIM cards e o cartão microSD ao mesmo tempo em duas bandejas separadas. O J8 pode ser encontrado nas cores violeta, preto e prata. A saída de som, na parte lateral do aparelho, foi um grande problema no teste do Galaxy J6 e se repete aqui também no Galaxy J8. Já que ao se assistir os conteúdos, na maioria das vezes na horizontal, a mão ou um dos dedos sempre aparece por ali para abafar o som da saída. A qualidade é boa, mas não é estéreo. A novidade nesse ponto é o bom Dolby Atmos que infelizmente só funciona com alguns fones de ouvidos, deixando tudo mais imersivo, tanto para vídeos como para músicas. Já a bateria ganha medalha de ouro no J8. Com os seus 3.500 mAh, ela não deixa ninguém na mão ao longo do dia. Em todos os testes, não ficamos com o aparelho desligado em nenhum dia. Ao fim do dia, normalmente ele chegava para ganhar carga com ainda 25% da bateria. Claro que a resolução da tela em HD e os níveis de brilho nem sempre no máximo, ajudam muito para que ela dure bem o dia todo.

Câmeras

O Galaxy J8 conta com 2 câmeras na parte traseira, sendo o sensor principal de 16 megapixels e o secundário de apenas 5 megapixels. A segunda lente serve apenas para auxiliar no foco dinâmico, nome dado pela Samsung para o recurso que também é conhecido como “Modo Retrato” ou só “Bokeh”. A sua câmera principal de 16 megapixels com abertura f/1.7 faz muito bem o trabalho de fotos ao ar livre. O pós processamento às vezes se sobressai um pouco da realidade, mas nada que uma adaptação rápida não resolva. E não podemos esquecer também do bom HDR, que melhora também muitas das fotos mais escuras sem a necessidade do flash. Na parte de vídeo, não espere um trabalho de primeira do aparelho, já que ele só grava em Full HD e com apenas 30 fps. Não espere imagens sem tremidas, ele também não traz nenhum sensor de estabilidade. Deixo alguns exemplos na galeria abaixo com fotos normais do dia a dia e no modo “Bokeh” com selfies e capturando também as flores;

Sistema

O Android 8.0 Oreo chega de fábrica rodando com a interface Samsung Experience na versão 9.0. Nada daqui me fez reclamar da Samsung. Muitos dizem que o Android puro irá deixar o aparelho mais bonito, mas não vi nenhum problema nesse quesito. Talvez, se a companhia desse a opção ao usuário, podendo escolher quais dos aplicativos próprios ela gostaria de manter no aparelho, tudo ficaria ainda melhor. Alguns aplicativos que usavam o GPS às vezes precisaram ser reiniciados por falta de comunicação com o sensor de localização. Na maioria das vezes, o Waze estava sendo utilizado neste momento.

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Especificações Galaxy J8

Conclusão

Vale a pena comprar o Galaxy J8? Mesmo com algumas faltas graves, como a falta do NFC e sem reconhecer conexões Wi-Fi de 5 Ghz, o aparelho entrega bom desempenho nos aplicativos que mais usamos, como o YouTube, Facebook, Instagram e outros tantos. Se você tem um orçamento apertado, digamos que com o preço atual dele no mercado, algo em torno dos R$ 1.200, vale sim a compra. O grande diferencial frente aos concorrentes diretos, é ter um design bem parecido com os modelos mais premium e já que não tem um processamento tão pesado, consegue entregar mais fôlego na bateria até o fim do dia.

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