Em 2004, quem se destacou foi Rome Total War, terceiro jogo da série Total War e que levava a estratégia para os tempos da Roma antiga. Com uma grande fidelidade histórica e sistemas suficientemente complexos, o jogo caiu no gosto popular e até hoje é lembrado como um dos grandes do gênero. Embora tenha ganho uma sequência em 2013, o primeiro jogo ainda é bem mais lembrado, e a Sega, vendo nele uma bela oportunidade de gerar interesse na série, o remasterizou para os computadores modernos. Mas será que essa remasterização vale a pena? Confira o review logo abaixo.

Guerra total em Roma

Eu joguei bastante o Rome Total War original. É um daqueles jogos que estão registrados em meu cérebro, então ver a sua versão remasterizada em um primeiro momento foi uma experiência bem interessante. Graficamente o jogo está lindo, com o que aprendemos a esperar da série nos últimos lançamentos, Total War Saga: Troy e Total War: Three Kingdoms. Os menus lembram também os de Rome 2, mas tirando isso, a sensação que o jogo passa é a mesma do jogo de 2004, e isso é muito positivo. Porém, quando alguma mudança foi feita, é claro que foi para melhor. A câmera do jogo está extremamente mais responsiva e mais fácil de ser usada em relação ao original, atalhos foram adicionados para uma melhor jogabilidade, várias novas informações, antes não tão óbvias, agora aparecem com novas informações de HUD (o display) tanto em mapas de campanha quanto em mapas de batalha.  Mas acho que o mais agradável, sem dúvidas, é a integração completa do manual do jogo dentro dele. Cada função, cada opção conta com a possibilidade de você consultar como funciona, e os guias são bem completos. Considerando que a última vez que toquei no jogo original foi em 2010, 11 anos atrás, algumas coisas eu precisei relembrar, e em nenhum momento essa ajuda me deixou na mão. 

Quem tem teclado vai a Roma

Total War são divididos em duas fases diferentes: as batalhas e os mapas de campanha. Aqui, para quem veio dos jogos mais recentes, se encontrará com um jogo um pouco menos ortodoxo, mas quem veio do Rome original se sentirá em casa. O modo da campanha continua por turnos, onde o jogador deve escolher o que construir, o que comprar, que soldados treinar e os projetos diplomáticos que quer fazer. Como guerra é citada no jogo, uma das várias decisões diplomáticas disponíveis é justamente exterminar seus oponentes. Quando a tentativa de realizar esse ato ocorre, o jogo muda para um jogo em tempo real, onde você controla suas tropas.  Explorar as mais diversas combinações de soldados e de terrenos gera um grande entretenimento, pelo menos para mim. Outra ajuda é que a versão Remastered dobrou a quantidade de facções presente nos originais, apresentando 16 novas facções, com soldados, tropas e jogabilidades bem diferentes. Inclusive, jogar com a Macedônia de Alexandre o Grande é uma experiência bem curiosa, já que é uma das facções mais diferentes por contar com soldados bem pouco parecidos com os de outras facções. 

Desempenho

Com 8GB de RAM e uma RTX 570, o jogo rodou muito bem no médio. Porém, nas 12.5 horas necessárias para concluir a campanha no hard, eu contei com 4 crashes, de o jogo fechar sozinho. Embora o jogo estivesse travado nos 60FPS e sem engasgos, eu não consegui achar o verdadeiro motivo para os crashes acontecerem. Talvez a falta da atualização de dia 1 possa ser um motivo, ou o fato de a versão disponível para imprensa avaliar ainda se encontrava como uma espécie de beta. Cabe dizer que as configurações mínimas do jogo são relativamente altas, necessitando de 6GB de RAM. Porém, considerando que é um jogo de estratégia, onde várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, faz sentido.  Em geral, tirando os crashes, não notei nenhum erro de otimização. No que o meu computador aguenta, o jogo rodou muito bem e sem nenhum problema de carregamento de texturas ou quedas de FPS. 

Conclusão

Acho que a maior dúvida que fica em recomendar esse jogo é o quanto os tempos mudaram. Eu sou um veterano da série, então características e funções que foram eliminadas nos jogos modernos em prol de uma jogabilidade mais limpa me parecem nostálgicas. Porém, para quem teve o primeiro Total War como um Medieval 2, por exemplo, as coisas podem ser bem diferentes. No ato de fazer um review, temos que levar isso em consideração, mas confesso que pensando, de forma mais emocional do que racional, acho impossível as pessoas não gostarem dessa versão. Por mais que encontre diferenças e coisas um pouco mais complexas, o manual enorme do jogo e até mesmo a experiência em versões mais modernas da série, tenho certeza, serão o suficiente para conduzir os jogadores pelas águas um pouco mais densas de Rome Total War: Remastered. E, convenhamos, sair do mais do mesmo muitas vezes é excelente. Rome Total War Remastered está disponível no Steam, por R$ 125,50. Para mais reviews de jogos, como a análise de Nier Replicant, fique de olho no Showmetech.

REVIEW  Rome Total War Remastered   uma nostalgica  por m atual  aventura na antiguidade - 13REVIEW  Rome Total War Remastered   uma nostalgica  por m atual  aventura na antiguidade - 12REVIEW  Rome Total War Remastered   uma nostalgica  por m atual  aventura na antiguidade - 13