O Showmetech recebeu o Ryzen 5 5600G gentilmente pela AMD, e após usar esse processador nos últimos dias, trazemos a análise completa do modelo.

O Ryzen 5 5600G

Na hora de falar de um processador não tem muita firula, afinal de contas, não há muito o que mostrar além da caixa e do cooler. Logo, já seremos bem diretos nesse texto. O Ryzen 5 5600G vem com o famoso e remodelado AMD Wraith, o simpático cooler box da AMD, feito como um “quebra-galho”. Aliás, em nossos testes — que trataremos nos próximos parágrafos — não utilizamos o Wraith, mas sim um modelo muito parecido, porém, da Cooler Master: o T2. No fim das contas a diferença é bem imperceptível. O cooler box, como o nome sugere, chega apenas para acompanhar o processador caso o usuário não tenha um cooler, seja seu primeiro PC, etc. Além disso, por ser um processador intermediário, o Ryzen 5 5600G não esquenta tanto. O processador é aquilo: a camada de metal por cima com seu nome estampado e os pinhos amarelos na parte de trás. É simples, mas a simplicidade está nesses detalhes que nos fazem gostar desse mundo do hardware de computador.

O chip

Agora sim, partindo para o que interessa, o Ryzen 5 5600G é um processador com gráficos integrados de 6 núcleos e 12 threads, clock base de 3.9 Ghz e boost para até 4.4 Ghz. Sua fabricação foi feita na litografia de 7 nm FinFET, sem grandes alterações, e mantém o soquete AM4. Dessa forma, é compatível com as placas-mãe desenvolvidas originalmente para os Ryzen 3000, por exemplo, bastando apenas fazer uma atualização de BIOS. Já com a placa de vídeo integrada há uma Vega 7 com frequência de até 1900 MHz que foi bem surpreendente nos testes. Em geral, já posso adiantar que o Ryzen 5 5600G sobra em tarefas cotidianas, multitarefas, etc. Nos games ele se sai muito bem, mas para jogar com o vídeo integrado, fique ligado, use 16 GB de memória RAM em dual channel para aprimorar a estabilidade do sistema e evitar engasgos e travadinhas.

Bancada de testes

Antes de começar nossos testes em benchmarks sintéticos e em games, o Ryzen 5 5600G foi testado numa bancada com placa-mãe Gigabyte Aorus B550I Pro AX, 16 GB de RAM (2×8) a 2666 MHz, SSD de 1 TB Imation, fonte de 600W Corsair e uma NVIDIA RTX 3060 da EVGA.

Benchmarks sintéticos

Fire Strike Ultra

O 3DMARK é uma das principais ferramentas para a realização de testes sintéticos e tangenciar a capacidade do Ryzen 5 5600G. O primeiro teste foi com o Fire Strike Ultra, criado para a testagem de GPUs e CPUs poderosas com benchmark de tesselação pesada, iluminação volumétrica, simulações de fumaça, iluminação de partículas dinâmicas, física para a CPU e pós-processamento; totalizando 5033 pontos.

CPU Profile

Nosso segundo teste é com o CPU Profile, um benchmark que realiza vários testes utilizando os diferentes números de núcleos e threads do processador. Ao total são realizados 6 testes com todas as threads, 16 threads, 8 threads, 4 e 2 threads e, por fim, apenas 1 thread, utilizando a mesma métrica para todas; culminando em diferentes pontuações para cada teste, como observamos abaixo:

Cinebench

Os testes do CINEBENCH servem para colocar o processador e placa de vídeo em carga máxima na renderização de cenários e cenas complexas. Os testes colocam os 6 núcleos do processador e, posteriormente, apenas um núcleo principal para renderizar uma cena realista com anti-serrilhado, reflexões, iluminação, sombras e diversos outros efeitos que compõem cerca de 2000 objetos.

Blender

Por fim, o Blender é uma ferramenta de código aberto utilizado para modelagem, animação, texturização, composição e renderização de vídeo. Neste teste utilizamos a demo BMW para render.

Testes em games com placa dedicada

Antes de começarmos, precisamos salientar alguns pontos. Como a análise deste texto é observar o comportamento do processador, a ideia principal é deixar a placa de vídeo mais confortável possível para fazer altos números de quadros. Dessa maneira a CPU terá mais trabalho, principalmente quando em resoluções menores. Assim, em muitos casos, usamos qualidade média ou baixa, pois o objeto é ver até onde o processador aguenta. No mundo dos PCs dizemos que o importante é deixar a placa de vídeo sempre a 99% de sua capacidade de uso, pois o componente estará entregando todo seu desempenho. Nos processadores é o inverso: quanto menor for sua % de uso, melhor é o desempenho. Então, se nossa placa está sendo completamente utilizada, o gargalo do sistema vira a CPU, e conseguimos saber quão longe essa peça pode chegar.

Metro Exodus Enhanced Edition

Metro Exodus Enhanced Edition é uma versão que utiliza apenas Ray Tracing na composição de sua iluminação global. Em Full HD e qualidade média, com Ray Tracing normal e DLSS no modo desempenho, o gameplay fica com média de 90 frames, enquanto o processador se mantém entre 35 a 50% de uso. A placa de vídeo não conseguiu alcançar os 100%. Já em Quad HD com qualidade baixa, Ray Tracing normal e DLSS no modo desempenho, a jogabilidade sobe para a casa dos 104 quadros em média, porém, o Ryzen 5 5600G continua usando menos de 50%, enquanto a RTX 3060 já começa a ficar próxima de 93% de uso. Por fim, jogando em 4K em qualidade baixa e mesmas configurações de RT e DLSS, temos algo instável entre 54 a 90 frames — sim, a margem é alta. A placa de vídeo finalmente entrega seu máximo, mas o processador continua na mesma. Logo, Metro Exodus deu trabalho para a 3060, enquanto o Ryzen 5 5600G encarou bem o desafio. Na dúvida, jogue com DLSS ligado e trave os quadros a 60 frames para ter a melhor experiência.

Fortnite

Em seguida foi a vez de Fortnite. O sucesso da Epic roda numa faixa de 180 quadros no médio, Full HD, sem Ray Tracing e DLSS no modo desempenho. O Ryzen 5 5600G fica em cerca de 46% de carga, e a RTX 3060 oscila. Com resolução Quad HD, sem RT, texturas no médio e DLSS desempenho, a jogabilidade fica ótima a quase 200 quadros, usando menos de 40% do processador e puxando bastante da RTX 3060. Em 4K, no médio, sem Ray Tracing e DLSS no desempenho, o gameplay surpreende com média de 96 frames; a RTX 3060 figura em seus 99%, enquanto nosso Ryzen nem faz esforço, ficando com apenas 33% de carga de uso. Aqui, acho que vale investir no Quad HD num balanço entre médio e alto dependendo da taxa de atualização do seu monitor.

Control

Em Control as coisas foram diferentes. Nosso gameplay em Full HD ficou em qualidade máxima, Ray Tracing no alta e DLSS renderizando em HD, para dar aquele gás na RTX 3060. Dito e feito, a placa estabilizou em 99%, enquanto o processador ficou folgado a menos de 41% de uso, num gameplay pouco maior que 60 quadros, mas muito estável. Já em Quad HD as coisas também ficaram boas. Usando um preset médio, sem Ray Tracing ou DLSS, nossa 3060 ficou em 99% e o Ryzen 5 5600G não fez força com seus 30% de carga. O gameplay ficou bem tranquilo na casa dos 58 frames. Em 4K no baixo, sem Ray Tracing ou DLSS, o Ryzen nem chega a fazer 25% de uso direito, mas ai o gameplay encosta na média de 44 frames, pois começamos a exigir demais da nossa placa. Porém, talvez colocar no médio, com DLSS renderizando em Full HD e travar os quadros seja uma boa pedida.

Resident Evil Village

Resident Evil Village também integra nossa bateria de testes. O game da Capcom roda a mais de 150 frames mesmo com tudo no ultra, Full HD, sem RT ou FidelityFX. Nossa placa fica em 98%, enquanto o Ryzen 5 5600G chega a pegar 50% de carga. Na resolução Quad HD, no médio, sem RT ou FidelityFX, o cenário é uma jogabilidade maior do que 110 quadros, com o Ryzen 5 5600G fazendo de 38 a 54% de uso e a placa de vídeo dando seu máximo. Em 4K e qualidade baixa, o Ryzen não ultrapassa 30% de uso, e fica bem estável. A jogabilidade total fica na casa dos 67 fps em média.

Warzone

Por fim, fechando nossa bateria de testes com uma placa dedicada, Warzone roda em Full HD, no baixo, com DLSS desativado, a cerca de 110 frames, enquanto o Ryzen 5 5600G oscila até 60% de uso em determinados momentos. Testes em Quad HD ou 4K não foram feitos em decorrência de problemas na otimização do jogo. Sendo sincero, jogue Warzone no Full HD, você não estará perdendo nada.

Testes em games com placa integrada

A seguir, fizemos testes apenas com a Vega 7, a placa gráfica integrada do nosso Tyzen 5 5600G. Nesses testes não utilizamos modo de captura interna para não impactar na performance. Assim, as imagens a seguir foram filmadas pela própria câmera do celular, para ser justo com nossa APU. Para método comparativo, os testes foram realizados em qualidade média e/ou baixo, utilizando a resolução HD como padrão.

Rocket League

Rocket League abre nossa nova bateria de testes. O game roda muito bem no modo qualidade em resolução HD entre 90 até 130 quadros. Arrisco até a dizer que rodaria sem dificuldades em Full HD.

CS:GO

CS:GO é outro game que rodou muito bem em qualidade média, ficando até bem bonito, e resolução HD a mais de 80 quadros por segundo. Acho que valeria até investir numa configuração em 900p ou Full HD.

Warzone

Warzone é a grande surpresa desses testes. O pesado título roda no baixo em resolução HD numa boa faixa de 55 a 62 frames. O gameplay foi surpreendentemente fluido, e ainda dá para aumentar a resolução para 900p, caindo para casa dos 40 quadros. Um ótimo resultado.

Fortnite

Por fim, Fortnite não decepciona. O game da Epic fica estável entre 70 e 90 frames sem problemas na qualidade média em HD. A melhor opção, no entanto, é ativar a sincronia vertical para ter ainda mais estabilidade.

Conclusão

Falando como uma APU, ou seja, usando esse processador para com os gráficos integrados, posso dizer com facilidade que dificilmente você encontrará um competidor a altura dessa CPU. Nesse sentido, o Ryzen 5 5600G é uma aposta certíssima, ainda mais nesse momento onde as placas mais básicas estão batendo quase 2 mil. Uma excelente opção é comprar esse modelo, levar os gráficos integrados e adquirir uma GPU dedicada depois. Por outro lado, se você planeja ter um processador e usar com placa de vídeo dedicada, mesmo que este tenha gráficos integrados para ter aquela segurança a mais, ele ainda é muito bom. Porém, fica com o Intel Core i5 11600K como grande antagonista. Dentre as duas situações, não há muito por onde correr: o Ryzen 5 5600G é um bom processador intermediário para aguentar jogos leves com a Vega 7, e um ótimo processador para acompanhar sua GPU em Full HD, Quad HD ou 4K. A AMD mostra novamente seu poderio, e manda bem demais com esse modelo.

Ficha técnica

Veja também

E aí, o que achou do Ryzen 5 5600G? Dá uma olhada no review de outro grande lançamento da AMD: A RX 6600 XT, placa com ótimas especificações para rodar games em Full HD no ultra.

REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 72REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 30REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 67REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 23REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 20REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 74REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 33REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 82REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 84REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 88REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 79REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 19REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 94REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 50REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 31REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 54REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 50REVIEW  Ryzen 5 5600G   um belo custo x benef cio na crise - 65