O Xperia XZ Premium tem todas as tecnologias que a Sony poderia oferecer ao aparelho – e neste review aqui, do Showmetech, você confere tudo sobre ele. Agora, trazemos para você as nossas impressões e análise final sobre o Xperia XA1 Ultra, o intermediário-avançado da empresa japonesa que, apesar de mandar bem em potência, deixa a desejar em funções até mesmo básicas. Após um ano desde que a linha foi atualizada, pouco mudou, para o bem e para o mal.

Pontos positivos

Tela grande; Câmera traseira potente; Bom processador.

Pontos negativos

Não tem sensor de impressão digital; Carregamento rápido como acessório vendido a parte; Sensores frontais aparentes.

Design

O Xperia XA1 Ultra é feito em alumínio e metal. Com uma tela de 6 polegadas Full HD e dois dedos de borda, o aparelho é uma única peça e transmite solidez. Enquanto o XZ Premium é feito em metal e vidro, o XA1 acaba menos marcas de dedo. Embora semelhantes, a grande diferença está na parte de trás, já que ela não é espelhada. Com uma câmera principal de 23 MP, flash traseiro e um “XPERIA” gravado no meio do aparelho, é isso o que você encontra nas mais de 6 polegadas que ele tem. Na frente, a câmera de 16 MP se destaca pelo sensor prateado que destoa na versão preta do celular. De maneira prática, a única intervenção no aparelho é na parte superior frontal, que o deixa assim: “O   SONY   o” graças aos sensores. Na lateral direita, há os botões de volume, de força e da câmera – algo raro em smartphones. Já no lado esquerdo, ficam apenas a entrada para chips e microSD. O fone de ouvido vai na parte de cima do Xperia e a porta USB-C, por sua vez, embaixo, junto do alto-falante. Fugindo do padrão de borda infinita de alguns dos smartphones premium deste ano, a Sony tem um visual único para os seus aparelhos. Embora o Xperia XA1 Ultra seja imenso, ele não é tão ruim de segurar com apenas uma mão. O smartphone não é o mais fino nem o mais leve do mercado, mas um dos mais originais.

Hardware

O Sony Xperia XA1 Ultra é um monstro em especificações. Com um processador octa-core de 64 bits MediaTek Helio P20, 4GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno, o aparelho segue à risca a categoria “intermediário-premium”. Durante um mês de uso, foi muito difícil ver o celular travando ou com lag. Jogos mais simples como Candy Crush ou mais exigentes como o Asphalt 8 rodam sem queda de frames, mas é possível senti-lo esquentar após alguns minutos de corrida. Para o usuário final que pretende ouvir música, mexer nas redes sociais e jogar de vez em quando algum game mais exigente, o Xperia XA1 Ultra não vai fazer feio. Os 4GB de RAM ajudam a abrir os aplicativos mais rapidamente e o Android customizado da Sony joga junto com a sua potência. É importante notar, na seção “Hardware”, a falta de um sensor de impressão digital. A empresa japonesa costuma colocar o sensor no botão de força dos aparelhos, como é o caso do seus topos de linha, mas esquecer essa função num intermediário ‘premium’, ainda mais observando o custo do XA1 Ultra, é praticamente imperdoável. Além de tornar o smartphone menos seguro, não há nenhuma outra forma de se desbloquear o aparelho com mais facilidade – afinal, não é preciso dizer que aqui também não encontramos o leitor de íris ou reconhecimento facial, sendo esses recursos exclusivos das linhas S e Note, da Samsung. Com 2.700 mAh de bateria, o chip MediaTek traz a mágica do carregamento rápido, porém a Sony preferiu cobrar dos consumidores por um carregador extra para ter o fast charge.

Software

Não é só de especificações poderosas que se faz um smartphone (estamos olhando para você, iPhone 7 com 2GB de RAM). E, para mim, o grande problema dos smartphones é o Android. Não me entenda mal, já na versão 7, o sistema é incrivelmente melhor do que há alguns anos, mas é impressionante como a empresa desenvolver o seu próprio software no seu hardware é uma experiência diferente. A Microsoft, depois de muito tempo, percebeu isso com os seus computadores, mas a maioria das fabricantes de smartphone, além de usarem o sistema do Google, ainda o customizam. Particularmente, não me agrada o toque ‘Sony’ no Xperia – e nem o design dos seus aplicativos. Mas o que mais me incomodou é a lista de apps recomendados do aplicativo What’s New, que além de contar com programas necessários como o WhatsApp, Messenger e Instagram, dispõe um espaço para aplicativos “promovidos”, porque não basta pagar uma fortuna em um smartphone, é importante receber anúncios nele. Er… O Xperia XA1 Ultra roda o Android Nougat e deve receber em, algum momento do futuro, o Android Oreo. É importante notar que, apesar da preferência do editor, o Android não é um empecilho na hora de usar as funções do Xperia XA1 Ultra; a fluidez do sistema me impressionou. Mesmo com uma tela de 6 polegadas, os aplicativos estão otimizados e não costumam travar no uso diário. Parabéns, Sony.

Câmera

A Sony ainda não está no mercado de câmeras duplas, pelo menos não com o XA1 Ultra, mas não podemos negar que é aqui que os smartphones da empresa se destacam. Com uma câmera principal de 23 MP, abertura f/2.2, sensor Exmor RS, autofoco híbrido, rápida inicialização e captura, além de ISO 6400, a Sony quer garantir uma boa foto com o aparelho. Megapixels não são tudo, mas a empresa toma cuidado em colocar boas tecnologias no aparelho. Durante os meus testes, foi possível tirar fotos muito bacanas, sendo possível perceber a diferença de cores parecidas e até mesmo a profundidade. Para os fotógrafos raízes, diferente deste “fotógrafo Nutella” que vos fala, a linha Xperia tem um modo manual que promete tirar fotos belíssimas – desde que você saiba como ajustá-lo, é claro. À noite, percebi fotos mais pixeladas e com uma qualidade não muito bacana. Não é como se as demais fabricantes tivessem soluções excelentes para o escuro, mas é importante notar que não será em um ambiente com pouca luz que você fará aquela foto incrível. Já a câmera frontal, embora com “apenas”16 MP, tem uma abertura f/2.6, um sensor Exmor R e ISO de até 6400, para fotos com poucas luz. A lente angular de 23 mm conta também com um flash para selfie inteligente e, pasmem, um estabilizador ótico de imagem. Traduzindo: assim como a câmera principal, as fotos saem bem interessantes com boa luz, além de câmera grande-angular permitir mostrar mais da imagem. No escuro, a mesma coisa: fotos mais pixeladas que não ficam nada ok. Um ponto interessante de notar é o botão dedicado para a câmera no aparelho, que além de dar mais firmeza na hora de tirar uma foto, ela ainda te ajuda a focar no objeto antes de fazer o clique.

Galeria de fotos

Bateria

Aqui, a Sony decidiu ser mais modesta: apesar da tela de 6 polegadas, o Xperia XA1 Ultra tem uma bateria de 2.700 mAh. Na prática, é possível aguentar no máximo umas 12 horas com o smartphone ligado, mas é muito provável que você precise andar com o carregador na bolsa em um dia mais movimentado. E também é aqui que a Sony faz o aparelho perder pontos. O Xperia XA1 Ultra funciona com a tecnologia de carregamento rápido, porém, o carregador com fast charge é vendido separadamente. Ou seja, é preciso desembolsar mais alguns bons reais para aproveitar uma função que já vem na caixa de muitos outros smartphones. O Moto G5S, por exemplo, bem mais modesto que o XA1 Ultra, já conta com o carregador de fast charge na caixa – assim como um sensor de impressão digital.

Preços e considerações finais

A Sony fez um bom trabalho com a atualização da linha XA Ultra. Na verdade, a empresa aproveitou para aperfeiçoar o que já era bom, mas sem melhorar o que precisava ser melhorado. Tanto no vocabulário das pessoas quanto em seus smartphones, as tecnologias de carregamento rápido e sensor de impressão digital são tão comuns, que mesmo com mais potência e armazenamento interno, seria de, certa forma, um downgrade escolher o XA1 Ultra em detrimento doutro intermediário. Contudo, este smartphone é indicado para quem procura uma boa câmera e gostaria de uma integração melhor entre os serviços Sony: os fones de ouvido, por exemplo, e os serviços PlayStation. O aparelho tem o preço, a prazo, sugerido de R$2.299 no site da Sony, mas é possível encontrá-lo por pouco mais de R$1500 nas Lojas Americanas, só que na versão de 5 polegadas. Apesar do preço ficar quase 800 reais mais atraente, dependerá do usuário abrir mão de algumas tecnologias por outras – o que ele não deveria necessariamente ter que escolher. Vale notar que, nas cores branco e dourado, os sensores da câmera frontal são um pouco mais aparentes, o que pode incomodar algumas pessoas. No mais, o aparelho vale a pena para quem gosta da marca, busca uma tela grande e quer ter uma câmera de qualidade (desde que saiba ou queria se aventurar no modo manual).

Especificações técnicas

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