A chegada no Brasil
A primeira operação nesse sentido realizada pela Zaitt foi em 2016 em Vítória, no Espírito Santo. Esse “piloto” era um espaço para eventos e vendas e um delivery de bebidas através de aplicativos. Já em 2017 ele conseguiu se desenvolver para se tornar o primeiro mercado 100% autônomo do Brasil. Como a experiência se mostrou bastante positiva, a startup resolveu abrir mais uma filial, mas dessa vez na cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro do Itaim Bibi. Para isso, ela tem uma parceria com a rede Carrefour, que é responsável pelo reabastecimento da unidade, assim como o suporte logístico. Paula Cardoso, CEO do Carrefour eBusiness Brasil, afirmou que a rede está apto a estreitar parcerias com empresas que tragam novas tecnologias para o setor. A unidade de São Paulo é mais robusta e estruturada do que a de Vitória e funcionará 24 horas por dia para acompanhar o ritmo da cidade. Ela oferece uma diversidade de produtos, que vão de petiscos a serviços de comida, bebidas, produtos de higiene pessoal, limpeza em geral, e até produtos orgânicos e frescos para consumo no local. A loja ainda conta com um microondas que fica à disposição para quem quiser esquentar um lanche.
Facilidade do supermercado autônomo
Uma das grandes vantagens de um supermercado autônomo é a possibilidade de se evitar filas. Além disso, todo o sistema é seguro, evitando-se assim possibilidade de furtos, tanto para o estabelecimento quanto para o cliente. Isso porque para entrar é preciso ter o aplicativo, um cadastro, e realizar um reconhecimento facial, que será pedido na hora também de sair. Como ele, o cliente guia todo o processo da compra, sem precisar de caixas. O único funcionário que trabalha no local é o repositor de estoque.
Como funciona a compra no supermercado autônomo
O primeiro passo para realizar as compras no supermercado autônomo é baixar o aplicativo da Zaitt, que é o centro de todo o processo. Ele pode ser encontrado tanto na Play Store para Android ou na App Store para iOS. No aplicativo é possível cadastrar um cartão de crédito que será utilizado para a cobrança dos produtos. Na primeira porta, será necessário fazer o escaneamento do QR code que fica colado no vidro. Já na segunda porta será feito o reconhecimento facial, onde o cliente olha para uma câmera posicionada ali e tem assim seu rosto gravado para ser reconhecido na saída. Liberada a entrada basta escolher os produtos que deseja comprar ou consumir. O mais interessante é que na unidade de São Paulo a Zaitt utiliza o sistema RFID (Radio Frequency Identification), que é uma identificação por radiofrequência, ou seja, sinais de rádio. Cada produto tem uma etiqueta diferenciada que pode ser lida através dessa frequência. A vantagem é que o cliente pode escolher os produtos com mais liberdade e mais rapidez, sem a necessidade de ficar registrando com código QR cada produto separadamente. Na saída é possível escolher entre escanear outro código QR ou simplesmente olhar para a câmera e deixar que ela faça o reconhecimento facial. Assim a primeira porta é aberta. O cliente então fica entre essa porta e a segunda porta, e é nesse momento que o sistema de identificação por radiofrequência acontece nos produtos da sacola. Eles são identificados e os valores são cobrados diretamente no cartão cadastrado no aplicativo. Existe ainda um monitor que mostra os produtos para serem conferidos, assim como os valores cobrados e em qual cartão está sendo cobrado. O processo é bastante rápido e seguro, e após toda a identificação dos produtos, a segunda porta é aberta e o cliente deixa o estabelecimento.
Tecnologia para o futuro
Com a boa resposta em Vitoria e a experiência em São Paulo, é possível que em breve esse estilo de comércio se torne cada vez mais comum no país. Por enquanto o processo é de aprendizado tanto para os empresários quanto para os próprios clientes, que estão aos poucos se acostumando com o novo estilo. A Carrefour também já pensa em implantar o sistema autônomo em algumas das suas lojas, e começou bem com essa parceria. Rodrigo Miranda, cofundador da Zaitt diz que o projeto é um marco tanto no Brasil como no mundo. Já experimentou fazer compras em um supermercado autônomo? Como foi a experiência? Deixe nos comentários.