Lançada há 3 anos, o modelo vai nos ajudar não apenas na descoberta de possível vida fora do Planeta Terra, mas fornecer informações que serão úteis em futuras missões. Entenda os avanços e quais os próximos passos agora mesmo.
Sonda da NASA foi lançada em 2018
Desenvolvida especialmente para que possamos saber mais sobre o Sol e como as demais estrelas funcionam, a NASA colocou sua sonda Parker Solar em órbita pela primeira vez em 2018, mas apenas em 2021 que o equipamento chegou à atmosfera solar. Tal fato aconteceu em 28 de abril deste ano, mas a confirmação aconteceu apenas no último dia 14 de dezembro. A NASA tinha o propósito de mandar uma sonda espacial para tão perto do Sol desde 1958, mas os avanços em engenharia térmica permitiram o lançamento apenas agora. O grande desafio era justamente desenvolver um modelo que fosse resistente o suficiente para chegar o mais próximo possível do Sol. Para conhecimento, sabe-se que a coroa (uma das regiões da estrela que aquece a Terra) possui uma temperatura de 16.111º C. A sonda Parker Solar conta com um escudo composto de carbono com 11,43 cm de espessura, o suficiente para que a sonda espacial da NASA consiga chegar extremamente perto do Sol. Apesar de tudo, o lançamento não foi feito para exibir todos os estudos, mas sim nos dar mais informações sobre esta região do espaço.
Qual o propósito desta missão?
Além de ser um meio de saber mais sobre o Sol e como outras estrelas semelhantes atuam, a NASA espera ter mais informações sobre o vento solar. A agência espacial dos EUA ainda sabe muito pouco sobre o vento solar e como isso pode afetar os próximos projetos. Então com a sonda Parker Solar tendo contato com isso, vai ser possível evitar problemas em missões com humanos. Esta ação também dará informações sobre as erupções solares e como as partículas que são aceleradas podem ser perigosas para astronautas e a tecnologia no espaço. Outro fator que a NASA deseja saber mais é sobre o clima espacial, que afeta tanto humanos quanto satélites lançados ao espaço. Por fim, ao entrar na atmosfera solar, que leva o nome de Corona, é possível ter mais dados para a compreensão da temperatura desta região, que é centenas de vezes mais quentes a própria superfície do Sol.
NASA dentro da atmosfera solar
A atmosfera solar é conhecida como um local de temperaturas altíssimas, impraticáveis para a sobrevivência humana. Nesta região, uma das temperaturas registradas é de 1.377 ° C, mas têm-se dados de que outras partes podem chegar a até 1 milhão de graus Celsius. A parte mais fria da atmosfera solar possui a temperatura de 5.727 ° C. Utilizando a gravidade de Vênus para fazer sua órbita ao redor do Sol, a sonda Parker Solar conseguiu ultrapassar a região que é chamada de superfície crítica de Alfvén. Como o Sol não tem uma superfície sólida, esta parte possui baixa gravidade e campos magnéticos muito fracos, o que permitiu a entrada da sonda espacial da NASA na atmosfera solar. É um dos estágios antes de entrar de fato nesta região. Agora que fez a primeira entrada na Corona, a agência espacial dos EUA sabe que em breve a sonda estará realizando mais entradas, com mais fotos podendo ser captadas. Outras informações estão sendo captadas para que, de forma geral, possamos saber mais sobre as estrelas que estão no Universo. O Sol é a estrela mais próxima que podemos chegar, então todo e qualquer avanço deve ser elogiado.
Mais perto do Sol que nunca
A sonda espacial foi responsável por um feito inédito, já que antes disso, nenhum outro projeto desenvolvido por humanos tinha chegado tão longe na atmosfera solar. O site oficial da NASA cita que a Parker Solar alcançou a região com vento solar. O vento solar se move tão rápido que nem mesmo as ondas podem viajar o suficiente para voltar para a estrela. Os cientistas ainda não tinham uma localização exata de onde a superfície crítica de Alfvén se encontrava, mas com a visita da sonda Parker Solara esta região, foi possível estimar que está entre 10 e 20 raios solares da superfície do Sol — entre 6,9 a 13 milhões de quilômetros. Como a sonda espacial segue fazendo sua trajetória para chegar o mais perto possível da estrela que aquece o Planeta Terra, supõe-se que quando chegou à atmosfera solar, a sonda Parker Solar estava abaixo de 20 raios solares, a mais ou menos, 91% da distância da Terra ao Sol. Isso são apenas estimativas, mas os dados podem ser considerados assertivos.
Sonda Parker Solar realizará mais viagens
A NASA ressalta que sua sonda solar que está próxima ao Sol retorna para o Planeta Terra apenas em 2025, e enquanto isso, é esperado que a sonda Parker Solar siga tentando entrar novamente na atmosfera para que mais informações sejam captadas. Apesar de não ter tocado o Sol de fato, o simples avanço que aconteceu em abril desta ano é o mais longe que já conseguimos chegar. Ainda não se sabe como a vida fora do Planeta Terra pode ser estudada (e posteriormente confirmada) com estes dados, mas será possível saber mais informações sobre o Sol para em seguida, realizarmos uma comparação com estrelas semelhantes. Você acredita que será possível chegar ainda mais perto do Sol? Diga sua opinião pra gente nos comentários!
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