História e personagens de Thor: Amor e Trovão
A história se passa um tempo após Ultimato e mostra Thor (Chris Hemsworth) convivendo com os Guardiões da Galáxia. Junto a isso, o filme mostra a origem de Gorr, o vilão do longa. Temos uma breve história do personagem para apresentá-lo e, apesar de a atuação de Christian Bale ser ótima, é um vilão bem tanto faz. Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e claro, Jane, estão de volta no novo filme que segue uma linha parecida com Thor Ragnarok, mas com um pouco mais de seriedade. O mesmo humor “bobo” está lá, mas também tem espaço para outras coisas que comentarei daqui a pouco. Como pudemos ver no trailer, temos a participação de Zeus no filme e o que posso adiantar é que ele está como deveria, um verdadeiro babaca, mesmo que de uma forma um tanto quanto estranha. Já que mencionei Zeus, é legal comentar que toda a ideia sobre deuses no filme é algo bem interessante. A abordagem sobre a adoração a eles e no fim das contas eles só se importarem com eles mesmos é algo muito interessante nas mitologias. O mais legal é que o filme não se prende somente a uma mitologia e cita várias coisas diferentes. Sobre a Jane, ela é o coração do filme. Se nos outros Thor ela era uma personagem mal escrita e chata, aqui ela é incrível. Toda a sua jornada é emocionante e, ao mesmo tempo, apaixonante. Se você leu qualquer coisa sobre a história da Poderosa Thor nas HQs, saiba que adaptaram de forma muito interessante.
Roteiro e ação
Isso nos leva até a parte mais fraca de Thor: Amor e Trovão, o roteiro. Se os personagens e a relação deles é onde tudo funciona de forma maravilhosa, o roteiro é de novo o calcanhar de aquiles. Diferente de Multiverso da Loucura, ele não é mal escrito, só é o cúmulo da simplicidade, mas narrado por Korg. A história emplaca graças à relação dos personagens e à ação frenética, mas se você olhar com um pouco mais de atenção, sente que ela é mais rasa que uma piscina para crianças. Na hora da ação, inclusive, tenho alguns comentários. O primeiro é que temos Guns N’ Roses durante toda a aventura e por mais que eu não goste da banda, isso dá muita personalidade pro filme e é um ponto muito positivo. Já o outro detalhe fica para a estética de tudo. Ele é bem vivo e colorido, mas na presença de Gorr, tudo fica preto e branco devido à Necroespada. Inclusive, temos uma batalha no “reino” de Gorr que é algo bem bonito, misturando a falta de cor do vilão com os poderes dos heróis dando cor ao resto.
Vale a pena assistir?
Thor Amor e Trovão é um ótimo filme, mas segue com os mesmos problemas que temos visto no MCU há um tempo. Está longe de ser o melhor, mas também está longe de ser um dos piores. Eu adorei toda a jornada e, mesmo com os problemas, a caminhada dos personagens com o belo elenco fez tudo ser compensado, além de ser extremamente divertido. Para encerrar, ainda temos diversas referências ao universo dos deuses da Marvel e também do lado cósmico, o que me deixou bastante intrigado, além de uma cena pós-crédito que promete um embate bem interessante no futuro. Thor: Amor e Trovão estréia nessa quinta-feira (07). Confira nossa crítica de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e muitos outros.