Casos sérios e hospitalização
Até o dia 26 de julho, o CDC reporta que 6.587 casos de COVID-19 foram registrados em indivíduos já vacinados nos EUA. Desses, 6.239 pessoas foram parar no hospital, enquanto 1.263 vieram a óbito. Até a data do reporte, mais de 163 milhões de pessoas já haviam sido completamente vacinadas contra o novo coronavírus no país norte-americano. Agora, é só fazer a matemática: dividindo o número de vacinados infectados severamente pelo total de vacinados, temos 0,004% deles apresentando um caso de infecção que levou à hospitalização, e menos de 0,001% dos vacinados indo à óbito. Outro dado importante informa que cerca de 74% desses casos de infecção pós-vacina aconteceram em pessoas com 65 anos ou mais. Há de se apontar que a obtenção dos dados é um pouco complicada, dado que nem todos os estados coleta e apresenta os dados da mesma maneira — A Kaiser Family Foundation, por exemplo, descobriu que nem todas as infecções e mortes de pessoas com todas as doses da vacina ocorreram em decorrência da COVID-19. Ainda assim, os dados recebidos dos estados que realizam o monitoramento ainda reforçam a eficácia da vacina. Em todos os estados, a proporção de infecções pós-vacina fica abaixo de 1%, com a hospitalização indo de zero a 0.06%. Em outras palavras, é muito pouco.
O que isso muda?
Para quem já estava obedecendo as medidas recomendadas de isolamento, distanciamento e uso de máscara até o momento da vacinação, sinceramente, nada muda. Frente a movimentos anti-vacina, no entanto, isso pode ajudar a convencer as pessoas a irem se vacinar — especialmente nos Estados Unidos, onde esse tipo de ideia não se reserva apenas à vacina da COVID-19, mas a qualquer tipo de imunizante. Dado que, em Nova York, o governo está até mesmo pagando 100 dólares para quem se vacinar, digamos que a necessidade de conscientização e incentivo é grande. Além do mais, o CDC também mostrou, com estudos, que a variante Delta da COVID-19 produz uma quantidade similar de vírus em pessoas vacinadas e não-vacinadas. Enquanto as pessoas vacinadas têm menos chances de contrair a COVID-19, após a infecção as chances de espalhar o vírus acaba sendo muito semelhante. A agência acabou modificando as recomendações acerca do uso de máscara por conta desses dados, indicando que os vacinados nos EUA ainda devem utilizar máscaras em ambientes onde há a possibilidade de espalhamento do vírus. Outra análise da Kaiser Family Foundation também descobriu que mais de 90% dos casos (e mais de 95% das hospitalizações e mortes) ocorreram entre os não-vacinados, e, na maioria dos estados, mais de 98% dos casos ocorreram entre quem não recebeu a vacina da COVID-19. Até o momento, cerca de 57,5% da população estadunidense (acima dos 12 anos de idade) recebeu pelo menos uma dose da vacina, e em torno de 49,5% da população está completamente vacinada. Esperamos que os dados apenas ajudem esses números a aumentar — e, quem sabe, incentivar habitantes de outros países, como o Brasil, a aceitar que a vacina evita morte e sofrimento e é a nossa melhor arma contra o coronavírus. Para continuar se mantendo bem-informado acerca de vacinas, COVID-19 e tecnologia como um todo, não desgruda do Showmetech.
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Fontes: CNN | Slate | Kaiser Family Foundation