A tecnologia do carregador sem fio à distância
Para o Mi Air Charge, a Xiaomi se apoiou nos conceitos de posicionamento espacial e transmissão de energia. O carregador sem fio possui cinco antenas de interferência de fase que permitem localizar o smartphone com precisão, enquanto uma matriz de controle de fase composta por 144 antenas transmite as ondas eletromagnéticas direcionadas para o aparelho através de beamforming. O beamforming nada mais é que uma forma de distribuição de sinal que faz parte do padrão 802.11ac de redes sem fio (utilizadas nos roteadores de Internet Wi-Fi). Essa técnica é mais eficiente que outras, pois usa transmissões direcionais para melhorar largura de banda das conexões e aumentar o seu alcance. Já o lado do smartphone, dentro da nova tecnologia, possui um conjunto miniaturizado com uma antena sinalizadora — que transmite a posição do aparelho com baixa energia — e uma matriz de antenas receptoras, que convertem as ondas eletromagnéticas recebida do carregador sem fio à distância para energia através do circuito retificador, sendo então armazenada na bateria. A nova tecnologia da Xiaomi é capaz de carregar dispositivos com potência de 5W, não especificando a distância máxima de alcance, e a empresa afirma que interferências físicas — como móveis — não vão interferir na eficiência do carregamento. Vale lembrar que outras empresas já apresentaram conceitos semelhantes, como a Motorola. A empresa já apresentou uma funcionalidade semelhante com a tecnologia de carregamento à distância. No vídeo abaixo, podemos ver dois smartphones Motorola Edge modificados colocados longe do carregador (80 cm e 100 cm cada) e cada um sendo carregado sem fio. Pouco se sabe sobre como essa tecnologia funciona, mas a Motorola afirma que, quando essa tecnologia for uma realidade, poderá carregar até sete telefones ao mesmo tempo. Infelizmente, parece que essa tecnologia está mais longe do lançamento do que a Mi Air Charge da Xiaomi. Mesmo assim, ainda são poucos os detalhes sobre quando qualquer uma delas será lançada ao público. Além das próprias empresas de smartphones, companhias focadas no desenvolvimento de tecnologias de carregamento sem fio, como a Energous têm feito anúncios sobre “carregamento verdadeiramente sem fio” na CES e em outras feiras de tecnologia por vários anos, mas esse tipo de técnica de carregamento ainda não ganhou muita força (e confiança) no mundo dos dispositivos eletrônicos Diversos modelos de smartphones atuais do mercado agora oferecem suporte para carregamento sem fio que é quase tão rápido quanto o carregamento com fio. Um bom exemplo é o Xiaomi Mi 11, que suporta carregamento sem fio de 50 W, muito mais rápido do que a maioria dos concorrentes. Apesar de tudo, o carregamento sem fio ainda está longe de ser tão eficiente quanto seus equivalentes com fio. Esse tipo de tecnologia ainda possui muitos efeitos colaterais que reduzem significativamente seus benefícios, como calor, perda de energia e funcionalidade limitada. Além disso, a tecnologia ainda exige que os smartphones sejam posicionados com muita precisão em uma base de carregamento, tornando ainda mais difícil de usar o aparelho durante o carregamento do que uma abordagem com cabo normal. Fonte: Tech Radar, The Verge, GMS Arena