A gigante chinesa já trabalha em parceria com fabricantes terceirizadas como Foxconn Technology para a montagem dos smartphones e pretende fazer o mesmo com a produção de carros elétricos, mas não revelou quais montadoras poderiam participar do projeto. O anúncio foi feito durante o evento New Product Launch 2021, no qual a Xiaomi lançou o primeiro celular dobrável da marca, o Mi Mix Fold, e ainda apresentou outros dispositivos que devem ser lançados ao longo deste ano. Com investimento inicial de US$ 1,5 bilhões, a fabricante chinesa está disposta a investir cerca de US$ 10 bilhões nos próximos dez anos na produção de carros elétricos e inteligentes. O montante divulgado acabou chamando a atenção, já que os rumores apontam que a Apple decidiu fazer um aporte de US$ 3,6 bilhões para produzir o seu carro elétrico, quantia bastante inferior ao valor total, de US$ 10 bilhões, que a Xiaomi está disposta a investir.
Xiaomi segue os passos de outras big techs ao anunciar produção de carros elétricos
A entrada da Xiaomi no segmento de produção de carros elétricos pode fazer a companhia bater de frente com big techs como a Apple e Huawei, que também possuem projetos para produzir seus próprios automóveis elétricos. A indústria automobilística vem despertando a atenção de gigantes da tecnologia há alguns anos. A Apple, por exemplo, trabalha desde 2014 no Projeto Titan, cujo objetivo é produzir o Apple Car. A agência de notícias Reuters chegou a divulgar que a empresa de Cupertino tinha planos para começar a produzir o veículo até 2024, mas o rompimento com a montadora Hyundai pode fazer a Apple adiar a produção para 2025. Mas ao contrário das concorrentes, a Xiaomi tem um background no campo automobilístico. A fabricante chinesa lançou no ano passado, em parceria com a Lamborghini, o Ninebot GoKart Pro. O kart elétrico foi idealizado pela subsidiária da Xiaomi, a Ninebot, responsável pela produção de monociclos e patinetes, sendo lançado apenas na China. Em 2019, a divisão Redmi lançou o Redmi Bestune T77, um SUV movido a gasolina desenvolvido em parceria com a montadora FAW. A Xiaomi está atenta ao mercado chinês e a decisão de começar a produção de carros elétricos faz parte dos planos ambiciosos de aumentar o portfólio da marca. Uma pesquisa realizada pela Canalys aponta que as vendas de carros elétricos no país devem aumentar até 50% este ano. Os consumidores estão buscando alternativas mais sustentáveis e a Xiaomi está de olho nesse público. Mas a concorrência promete ser apertada. Além das big techs, que planejam entrar no setor automobilístico, nomes consolidados como a Tesla, que vem ganhando um número cada vez maior de consumidores na China, devem acirrar ainda mais a disputa por espaço no território chinês. Fonte: ZDNet; Tom’s Guide; The Next Web; Xiaomi, CNN, Gizmochina