Mesmo com resultados satisfatórios, o recomendado é que o usuário envie diversas fotos com expressões diferentes (piscando, abrindo a boca ou franzindo a testa), para que o vídeo final fique ainda mais realista. Assim como outros aplicativos que viralizaram recentemente, o Zao também se envolveu na polêmica do uso de dados de seus usuários. Em julho, o FaceApp sofreu duras críticas por conter termos de uso vagos, deixando em aberto o que podem ou não fazer com as fotos de quem baixa o app.
Como funciona o deepfake
Utilizando inteligência artificial (IA), o deepfake consegue substituir o rosto de qualquer pessoa analisando apenas algumas fotos. O termo vem do inglês, sendo um trocadilho com deep learning (aprendizagem aprofundada, em tradução livre) e inserindo a palavra fake, que significa “falso”. A tecnologia, em sua maioria, é usada na brincadeira e já rendeu vídeos divertidos na web. Porém, ainda há receio com o aprimoramento da ferramenta que pode ficar cada vez mais realista. Podendo inserir o rosto de uma pessoa em um vídeo adulto, por exemplo. Em tempos que mentiras se espalham rapidamente na internet, é preciso ter cuidado para não cair em brincadeiras maldosas usando a tecnologia, como já aconteceu. Em junho, foi criado um app chamado de DeepNude, que consistia em colocar o rosto de mulheres em imagens pornográficas. Após a polêmica, o desenvolvedor desativou o aplicativo e comentou que a “probabilidade de que as pessoas o usem de forma abusiva é muito alta”.
Zao e a
política de privacidade
Segundo a agência de notícias Bloomberg, os termos de utilização do app Zao dizem que o usuário fornece ao desenvolvedor acesso “grátis, irrevogável, permanente e transferível” a todo o conteúdo gerado no app. Os desenvolvedores responderam, afirmando que usará todo o conteúdo apenas para aprimoramento do próprio aplicativo. Mesmo assim, a avaliação do Zao despencou na App Store da China chegando à 1.9 de 5 estrelas. Acumulando também mais de 4 mil comentários com críticas às políticas de privacidade. Na rede social chinesa Weibo, os desenvolvedores afirmaram que entendem as críticas, e estão trabalhando para corrigir todos os “problemas que não levaram em consideração”. Vale lembrar que o app de deepfake, Zao, não está disponível na Google Play Store. Fonte: Bloomberg